Advogada de Bolsonaro vai à posse de Zanin, indicado por Lula ao STF
A advogada Karina Kufa, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estará presente na posse de Cristiano Zanin, indicado por Lula ao STF.
O que aconteceu
Em post nas redes sociais, Karina compartilhou o convite para participar da cerimônia. Após a divulgação, ela foi alvo de críticas de quem ela chamou de "direita burra".
Uma das críticas veio de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação no governo Bolsonaro que rompeu com o ex-presidente após deixar o cargo. "Não duvido de mais nada dessa gente", disse Weintraub nas redes sociais.
Advogada afirmou que avisou Bolsonaro que iria à posse de Zanin. "Sempre mantive boa relação com o Judiciário. Não milito contra o poder que atuo. Avisei o meu cliente sobre o apoio ao ministro Zanin e a participação na posse", escreveu ela ao rebater essas críticas.
Festa após posse de Zanin tem ingressos a R$ 500
A comemoração será realizado em um salão de festas e terá cerca de 400 convidados, segundo a colunista do UOL Carolina Brígido.
A cerimônia é organizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que costuma oferecer a homenagem aos ministros empossados no Supremo. A entidade alugou o espaço e contratou o buffet com jantar, sobremesa e bebidas à vontade.
Quem é Cristiano Zanin
O advogado Cristiano Zanin Martins foi a escolha de Lula para ocupar a vaga no STF do ministro Ricardo Lewandowski. A indicação foi considerada como uma escolha "personalíssima" do petista, defendido pelo criminalista na Lava Jato.
O advogado nasceu em Piracicaba, a 160 km de São Paulo. Com 47 anos, Zanin pode permanecer até 28 anos no Supremo. Os ministros do STF se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.
Filho de advogado, Zanin estudou em colégios tradicionais de Piracicaba até deixar a cidade para se formar em direito, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), em 1999. Seu primeiro emprego foi no prestigiado escritório Arruda Alvim, onde atuou por cinco anos. Lá conheceu Valeska Teixeira, sua esposa.
Com Valeska e o sogro, Roberto Teixeira, Zanin se tornou sócio da banca que no futuro defenderia Lula na Lava Jato. O primeiro contato do advogado com o petista ocorreu por intermédio do sogro.
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