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Moraes mantém inquérito contra Hang após PF não obter senhas do celular

O empresário Luciano Hang em Curitiba Imagem: EDUARDO MATYSIAK/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília e São Paulo

21/08/2023 21h22Atualizada em 22/08/2023 07h36

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, prorrogou nesta segunda-feira (21) um inquérito aberto em 2022 contra Luciano Hang, dono das lojas Havan, após ele ter supostamente falado em golpe de Estado em mensagens com outros empresários. Segundo Moraes, a Polícia Federal pediu a extensão do prazo por não ter conseguido acesso às senhas do celular dele.

O que aconteceu

A pedido da PF, Moraes estendeu o inquérito em 60 dias contra Hang e Meyer Nigri, dono da Tecnisa. Eles são os únicos que permanecem sob investigação por participação no grupo "WhatsApp Empresários & Política", que teria conversas de teor golpista.

Para outros seis empresários, a investigação foi arquivada: Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Khoury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. A PF avaliou que eles não tiveram nenhuma atuação antidemocrática para além da participação no grupo.

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A PF ainda analisa os dados bancários de Hang e tenta acessar o celular dele. A decisão de Moraes afirma que o empresário se recusou a fornecer as senhas aos investigadores.

Já Nigri teria recebido notícias falsas contra as urnas eletrônicas, associadas a um número de celular que seria do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, um contato identificado como "Pr Bolsonaro 8" enviou um vídeo e uma mensagem atacando o processo eleitoral.

O UOL busca as defesas de Hang, Nigri e Bolsonaro, e o texto será atualizado em caso de manifestação.

Hang foi alvo de operação da PF em 2022

Empresário diz que foi "tratado como um bandido" e negou ter defendido golpe. Alvo de uma operação de busca e apreensão realizada pela PF no dia 23 de agosto, o dono das lojas Havan criticou na ocasião a ação da PF por determinação de Moraes e negou que tenha defendido um golpe de Estado em caso de vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.

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