Segurança de Lula que participava de grupo que discutiu golpe é demitido
Do UOL, em Brasília e em São Paulo
25/08/2023 11h35Atualizada em 25/08/2023 20h17
O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, que fazia a segurança do presidente Lula (PT), participava de um grupo de WhatsApp que defendia um golpe de Estado, descobriu a Polícia Federal. Ao ser informado, o governo dispensou o militar. A informação foi noticiada pela GloboNews e confirmada pelo UOL.
O que aconteceu
PF descobriu participação de segurança ao periciar o celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que também integrava grupo golpista.
Corporação avisou Palácio do Planalto, que mandou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) demitir o militar. A dispensa de Correia foi publicada no Diário Oficial da União em 10 de agosto.
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Tenente-coronel começou a fazer segurança do presidente em março deste ano, ou seja, depois dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Correia ocupava o cargo de assessor militar da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI. Ele tinha um salário de R$ 1.734,92 pela função, mas somava estes ganhos aos R$ 26.148,15 que recebe como tenente-coronel do Exército (função que ainda ocupa).
O militar fazia segurança pessoal de Lula e chegou a acompanhá-lo em viagens, de acordo com integrantes do governo ouvidos pela reportagem da GloboNews.
O UOL entrou em contato com o GSI. Caso haja resposta, o texto será atualizado.