Em casa, bolsonaristas usam as redes para criticar 7 de Setembro de Lula

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais para criticar a primeira cerimônia de 7 de Setembro do terceiro governo do presidente Lula (PT). O número de pessoas que estavam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, também foi alvo de sarcasmo dos bolsonaristas.

O que aconteceu?

O público foi menor nas celebrações deste ano, sem a Esplanada lotada que se viu no ano passado, quando Bolsonaro puxou o coro de "imbrochável" para si mesmo. A Polícia Federal estimou o público em 50 mil pessoas.

A diferença no número de presentes foi alvo dos bolsonaristas, que usaram as redes sociais para enaltecer o último evento de 7 de Setembro em que Bolsonaro estava na Presidência. O próprio ex-presidente compartilhou imagens do desfile de 2022.

No Twitter, Bolsonaro divulgou um vídeo que mostra as celebrações do Dia da Independência do ano passado, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. "Deus, pátria, família e liberdade", escreveu o ex-presidente.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, atacou o presidente Lula e disse que ele estava "sem povo, só com o aplauso da companheirada de aluguel". Ciro é presidente do PP, partido que entrou ontem no governo, com a indicação do deputado Fufuca (MA) ao Ministério do Esporte.

O deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, também usou as redes sociais para elogiar o ex-presidente. Ele publicou imagens do desfile do ano passado para servir de comparação com a cerimônia deste ano.

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Na esteira de críticas e comparações, Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do ex-presidente e amigo de Bolsonaro, também ressaltou a falta de público. Com a legenda "Cadê o povo?", ele postou um vídeo de Lula com a primeira-dama, Janja da Silva, no tradicional Rolls-Royce aberto.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, o senador Sergio Moro (União-PR) também disse que o desfile estava "vazio, cheio de nada":

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, respondeu Moro, comparando a Lava Jato à Operação Condor, campanha promovida pelo governo dos Estados Unidos nos anos 1970 para promover assassinatos e desaparecimentos forçados de opositores às ditaduras da América Latina:

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