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Barroso autoriza blogueiro preso a ficar em silêncio na CPI do 8/1

Ministro Roberto Barroso determinou que o Wellington Macedo pode ficar em silêncio em questionamentos que impliquem autoincriminação. Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Do UOL, em São Paulo

20/09/2023 22h39

O ministro do Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo poderá ficar em silêncio durante depoimento, agendado para esta quinta-feira (21), na CPI do 8 de janeiro.

O que aconteceu:

Na decisão, Barroso atendeu parcialmente ao pedido da defesa do blogueiro, que havia solicitado para que ele não comparecesse ao depoimento, o que foi negado pelo ministro do STF.

Barroso permitiu, no entanto, que Wellington Macedo fique em silêncio em questionamentos que impliquem autoincriminação.

O ministro do STF decidiu também que o bolsonarista tem o direito de não assinar termo de compromisso como testemunha e que não sejam adotadas contra ele medidas restritivas de direito ou privativa de liberdade.

Além disso, a decisão diz ainda que fica assegurado ao depoente o direito de ser assistido pelo advogado e de manter comunicação reservada durante o depoimento.

Blogueiro foi preso no Paraguai

O blogueiro, que estava foragido da Justiça brasileira, foi preso no dia 14 de setembro, em Cidade do Leste, no Paraguai.

Wellington foi condenado em agosto deste ano pela Justiça do Distrito Federal por participar da tentativa de explosão de uma bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.

Ele foi acusado de expor a integridade física da população mediante uso de explosivo, colocado próximo a um caminhão-tanque estacionado nos arredores do aeroporto e que seguiria para lá.

O blogueiro trabalhou como assessor da ex-ministra e hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF) de fevereiro a dezembro de 2019, com um salário bruto de R$ 10.373. Em 2021, foi preso após incentivar atos antidemocráticos no 7 de setembro daquele ano, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Wellington ficou preso por 42 dias em 2021, foi solto e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No ano passado, ele se candidatou a deputado federal por São Paulo, pelo PTB, mas recebeu apenas 1.118 votos e não conseguiu se eleger.

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