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Diretor da Abin diz que sistema de inteligência estava 'caótico' no 8/1

Diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa Imagem: Leonor Calasans/IEA-USP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2023 07h53Atualizada em 16/10/2023 18h52

O diretor-geral da Abin diz que encontrou um cenário "caótico" nos sistemas de inteligência da agência.

O que aconteceu:

Luiz Fernando Corrêa foi escolhido pelo presidente Lula (PT) para assumir o comando da Abin após os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi entrevistado pelo jornal O Globo.

Corrêa diz que encontrou um cenário caótico na Abin e que os sistemas de inteligência não funcionaram para alertar sobre o risco de atos golpistas.

As informações estavam claras, mas o funcionamento era caótico. Não vou tornar público meu diagnóstico. Vou fazer as correções. Desenhamos a solução, foi discutida e houve anuência do presidente. Agora, temos um projeto para botar isso para funcionar.

Precisamos de uma Abin compatível com o peso do Brasil na geopolítica. Quero que a agência cumpra o seu papel.
Diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa

Corrêa diz que a Abin não foi bem cuidada por nenhum governo pós-redemocratização. A crítica inclui governos petistas. "Falei e repito: todos os governos depois (da redemocratização) não trataram a atividade de inteligência devidamente. O meu problema é a inteligência. A atividade foi malcuidada. Isso ocorreu por razões óbvias: a desconfiança de que o serviço servia só para vigiar pessoas, contrariava interesses do Estado, uma questão cultural".

Ele diz que a Abin tenta estudar o fenômeno de movimentas extremistas. "O extremismo não é compatível com a democracia. Ele se manifesta no aspecto ideológico e por outras motivações também, e isso leva a outras coisas como atos violentos nas escolas".

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