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Quaest: Aprovação do governo Lula cai com menor otimismo na economia

Do UOL, em São Paulo

25/10/2023 07h00Atualizada em 25/10/2023 11h23

A aprovação do governo do presidente Lula (PT) caiu para 54% em outubro, de acordo com a quinta rodada da pesquisa da Genial/Quaest. O principal fator que contribuiu para este resultado foi a diminuição do otimismo com a economia, com metade (50%) dos entrevistados dizendo acreditar em melhora no próximo ano.

O que diz a pesquisa

Aprovação do governo Lula caiu de 60% para 54% em dois meses. Já a desaprovação ao trabalho do presidente subiu de 35% para 42% desde agosto, data do último levantamento da Quaest.

Avaliação positiva recuou em todas as regiões do Brasil. No Nordeste, onde Lula foi maioria em 2022, 64% dos entrevistados disseram aprovar o governo. No Sudeste, a aprovação caiu de 55% para 49%; no Sul, de 59% para 50%; e no Centro-Oeste e no Norte, oscilou de 52% para 50%.

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Para 49% dos entrevistados, país está na direção errada. Na pesquisa anterior, esse índice era de 41%. Os que consideram que o Brasil está na direção certa são 43%, contra 46% em agosto. Os mais otimistas são os nordestinos, com 57%, enquanto 55% dos moradores do Sul e 54% do Centro-Oeste avaliam que o país está na direção errada.

Otimismo com a economia

Percepções sobre a economia explicam queda na aprovação. Para 32% dos entrevistados, a economia piorou nos últimos 12 meses. Em agosto, eram 23%. Para os próximos 12 meses, as expectativas pioraram: metade (50%) das pessoas diz acreditar em melhora; há dois meses, o otimismo estava em 59%.

Mais da metade (57%) dos entrevistados viram alta nas contas. Outros 42% apontaram aumento no preço dos alimentos e 43%, nos combustíveis. Para 47%, a inflação deve subir nos próximos meses. Outros 40% apostaram em alta do desemprego.

Pessimismo maior não afetou avaliação de Fernando Haddad. O ministro da Fazenda continua com aprovação de 26% dos entrevistados — mesmo percentual daqueles que o avaliam negativamente.

Política e relações exteriores

Viagens de Lula para fora do Brasil também pesaram na avaliação. Para 55% dos entrevistados, o presidente viaja demais. Outros 60% disseram considerar que essas viagens não trazem bons resultados para o país.

Maioria (57%) acha que é errado não classificar o Hamas como terrorista. Apenas 26% concordam com a postura. Mas esta não é uma posição específica do atual governo: historicamente, o Brasil não reconhece o Hamas como um grupo terrorista porque segue o que é determinado pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Repatriação de brasileiros que estavam em Israel é bem vista. Ao todo, 85% dos participantes disseram aprovar as conversas com países do Oriente Médio para viabilizar o retorno dessas pessoas. É o mesmo percentual daqueles que concordam com a utilização de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para o resgate. Foram feitas oito viagens do Brasil a Israel desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Entrevistados se dividem sobre a postura de Lula na guerra em Israel. A maior parte (35%) a avalia positivamente. Outros 31% a consideram regular e 23% a reprovam.

Detalhes da pesquisa

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 19 e 22 de outubro. Ao todo, foram feitas 2.000 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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