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PF faz operação que mira lavagem de R$ 4 bi; ex-sócio de Youssef é alvo

Leonardo Meirelles durante audiência na Câmara dos Deputados, em 2015 Imagem: Luiz Alves - 24.nov.2015/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

22/11/2023 18h24Atualizada em 22/11/2023 18h29

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram hoje uma operação para desarticular um esquema de remessa de dinheiro ilícito ao exterior. Um dos alvos foi Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Youssef e que ficou conhecido por ser delator durante a Operação Lava Jato.

O que aconteceu

Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Meirelles. A defesa dele disse à TV Globo que irá se manifestar apenas quando tiver acesso aos autos, mas que o cliente não cometeu "irregularidades". O UOL tenta contato e atualizará o texto caso haja retorno.

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Ao todo, foram 21 mandados cumpridos em cinco cidades paulistas e em Florianópolis (SC). Em São Paulo, além da capital, foram inclusas São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Barueri e Mogi Guaçu.

A PF diz que o esquema movimentou mais de R$ 4 bilhões por meio de empresas inexistentes e criptomoedas.

As investigações apontam para a atuação dos operadores na lavagem de dinheiro de quadrilhas do tráfico de drogas, entre outras atividades.

Os valores depositados nessas contas bancárias eram pulverizados em outras contas para dificultar seu rastreamento. Depois, eram remetidos ao exterior por meio de operações ilegais de câmbio ou pela compra de criptomoeda. O totalidade dos recursos que circularam por essas contas das duas camadas tem origem ilícita e estava à margem dos sistemas e dos controles da Receita Federal.
Nota da PF sobre a Operação Recidere, deflagrada hoje

Quem é Leonardo Meirelles

O investigado foi sócio de Alberto Youssef, conhecido ex-doleiro e pivô da Operação Lava Jato, no laboratório Labogen, que foi acusado pela Lava Jato de lavar dinheiro para proprina e mandar US$ 130 milhões para o exterior a partir de falsos contratos de importação.

Meirelles chegou a fazer um acordo de delação premiada para falar sobre o esquema. Ele foi condenado na Lava Jato por suas atividades como doleiro —operadores de grande quantidade de dinheiro que atuam no mercado ilegal de câmbio.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias e Agência Brasil

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