Tales: Gonet ainda tem que mostrar elo entre Roberto Jefferson e 8/1

O procurador-geral da República Paulo Gonet precisa esclarecer melhor o vínculo entre Roberto Jefferson e os atos golpistas de 8 de janeiro, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (19).

Até acredito nesse elo, mas Gonet ainda tem que mostrá-lo para comprovarmos que ele existe e o processo corra dentro dos parâmetros. Tales Faria, colunista do UOL

Tales chamou a atenção para a mudança no perfil da PGR sob o comando de Gonet, em comparação a Augusto Aras, seu antecessor. O colunista citou o inquérito contra os deputados federais André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), acusados de incitar os atos golpistas. Aras pediu o arquivamento deste processo, que pode ser revisto agora.

O engraçado é que mudou tudo. Antes do Gonet, havia o Aras, ligadíssimo ao governo Bolsonaro. Na época, ele havia pedido o arquivamento por falta de provas nos inquéritos abertos contra os deputados. Agora virou o jogo e é possível que isso seja até revisto.

É muito curioso. Temos que continuar cobrando como antes, mas a expectativa agora é que não tenhamos mais os acobertamentos que havia no governo Bolsonaro. Tales Faria, colunista do UOL

O que aconteceu

Gonet concordou com uma decisão de Alexandre de Moraes, O novo PGR defendeu que a ação contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson continue tramitando no STF. Para Gonet, as ações de Jefferson podem ser vistas como "elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro".

Josias: Elo de Jefferson com 8/1 não está tão nítido como vê Gonet

Josias de Souza disse não fazer sentido o STF continuar cuidando do processo de Roberto Jefferson. O colunista também avalia que Gonet precisa explicar de forma mais clara a ligação que vê entre o ex-deputado e os atos golpistas.

Esse elo não está à vista. Se existe, é preciso demonstrá-lo. Essa tabelinha entre Gonet e Moraes no caso do Roberto Jefferson desafia a lógica e a jurisprudência do Supremo. É até plausível que Jefferson tenha aplaudido o quebra-quebra, mas não dá para fazer uma conexão automática entre a ação dele e o que aconteceu em 8/1. Josias de Souza, colunista do UOL

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