Lewandowski formaliza convite e atual diretor aceita ficar no comando da PF
Colunista do UOL e do UOL, em Brasília
24/01/2024 17h12Atualizada em 24/01/2024 18h48
O futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, formalizou o convite para o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, permanecer no comando da corporação. Ele aceitou.
O que aconteceu
A permanência dele no cargo era esperada. O diretor-geral da PF é um nome de confiança do presidente Lula (PT), que havia sinalizado a Lewandowski o desejo de mantê-lo na chefia da PF.
O ministro aposentado do STF teria respondido não ter restrições à manutenção de Andrei e formalizado o convite. A decisão foi selada em uma reunião entre os dois, após o início da transição na pasta.
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Ele é o quarto nome confirmado na futura equipe de Lewandowski. Já foi definido o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto para ser o número dois na Justiça. Ex-secretário-geral do STF e do TSE durante a presidência de Lewandowski, ele substituirá Ricardo Cappelli, cujo futuro ainda é incerto no governo Lula
Na semana passada, Lewandowski convidou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, para o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Já a chefia do gabinete do novo ministro da Justiça ficará sob o comando de Ana Maria Alvarenga Mamede, que atua com Lewandowski desde 2010 e já chefiou o gabinete do ministro no Supremo.
Lula elogia trabalho na PF
A gestão do diretor-geral é bem vista no Planalto, como mostrou o UOL. Lula avalia que ele teve papel determinante para afastar ameaças golpistas tanto na corporação quanto fora dela, em especial após o 8 de janeiro.
O delegado chefiou a segurança pessoal do petista durante a campanha de 2022. Funcionário de carreira, Andrei Passos Rodrigues tem um estilo proativo, porém pouco espetaculoso, o que agrada ao presidente, que costuma criticar as ações que lembrem a Operação Lava Jato.