Após críticas por operação contra Ramagem, Pacheco manda recado a Valdemar
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que é "difícil" manter o diálogo com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, porque ele só faz política para "ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral".
O que aconteceu
Costa Neto criticou a autoridade de Pacheco após a Polícia Federal fazer uma operação contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) nesta quinta-feira (25). O presidente do partido de Jair Bolsonaro chamou o presidente do Senado de "frouxo".
O Congresso Nacional aprovou no ano passado o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões. Juntaram-se pelo aumento as bancadas do PL e do PT, do presidente Lula. Na ocasião, Pacheco tentou reduzir o montante, mas acordo não foi aceito pelas lideranças.
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Pacheco rebateu Costa Neto e questionou a capacidade política do presidente do PL. "Não é capaz de organizar minimamente a oposição", criticou, para aprovar propostas de interesse do grupo. O presidente do Senado citou a votação da proposta que limita as decisões monocráticas do STF, que passou na Casa após articulação dele próprio.
Pacheco afirmou ainda que Costa Neto defende ministros do Supremo. Mas, publicamente, pede por impeachment de ministros da Corte. A pauta é uma das principais bandeiras dos grupos bolsonaristas.
Nas redes sociais, o presidente do PL insistiu nas críticas a Pacheco e disse ainda estar "indignado" com a "falta de pulso" para defender a imunidade de um parlamentar. "Se o Senado tivesse um presidente comprometido, não iria perder tempo pra reclamar de presidente de partido", afirmou.
A Polícia Federal cumpriu hoje mandados de buscas e apreensão contra Ramagem e outros ex-integrantes da sua gestão. O órgão realizou buscas no gabinete do deputado na Câmara e em seus endereços residenciais.
A operação foi classificada por parlamentares de oposição como "perseguição".Os congressistas também cobraram uma reação de Pacheco e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).