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PF diz que Ramagem buscou informações de inquéritos sobre políticos do Rio

Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi chefe da Abin Imagem: Gilmar Félix - 13.set.2023/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

29/01/2024 16h43Atualizada em 29/01/2024 16h43

A PF apontou em representação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que Alexandre Ramagem teria buscado informações sobre inquéritos eleitorais envolvendo políticos do Rio quando era diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

O que aconteceu

A informação menciona que supostas tentativas de interferência na Abin não seriam "acontecimentos avulsos". Isso consta no parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República). Não é mencionado quais políticos ou quais inquéritos foram listados por Ramagem.

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A representação minudencia à descoberta de impressão, pelo Dr. Ramagem, em fevereiro de 2020, de informações de inquéritos eleitorais em curso na Polícia Federal que listaram políticos do Rio de Janeiro.
Procuradoria-Geral da República, ao citar relatório da PF

A informação é citada logo depois de a PGR apontar a conversa entre Luciana Almeida, então assessora de Carlos, com uma assessora de Ramagem. No diálogo, Luciana pede informações sobre inquéritos envolvendo "PR e 3 filhos".

Na mensagem enviada por WhatsApp, Luciana Almeida pede uma "ajuda" e envia o nome da delegada Isabela Muniz Ferreira, do núcleo de inquéritos especiais. Este grupo da PF é o responsável por investigações consideradas sensíveis.

Ao concordar com as buscas, o procurador-geral Paulo Gonet afirma que a medida se mostra "justificável". "A providência de busca e apreensão se mostra justificada, quanto ao Sr. Carlos Bolsonaro e à Sra. Luciana Almeida, na medida em que se infere a causa provável do contexto espelhado na peça policial em apreço. Outros fatos mais, de ordem similar ao que a investigação mencionou, podem vir a ser desvendados como resultado da providência requerida", disse Gonet.

O PGR foi contrário às buscas contra Priscilla Pereira e Silva por considerar que não era uma medida necessária neste momento.

Foi somente neste ponto que o ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, discordou. Para Moraes, Priscilla atuava como uma "interlocutora" de Ramagem e recebeu pedidos da assessora de Carlos por informações "clandestinas".

"Como ressaltado pela autoridade policial, as "demandas" eram tratadas por meio de assessoras, e não diretamente entre os investigados, "corroborando ainda mais o zelo em relação aos vestígios das condutas delituosas'", disse Moraes.

O UOL busca a defesa dos citados. O espaço segue aberto para manifestação.

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