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Marinho defende saída de Ramagem de comissão de inteligência do Congresso

Senador Rogério Marinho (PL-RN) no Roda Viva Imagem: Reprodução/Roda Viva

Do UOL, em São Paulo

06/02/2024 12h58

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, defendeu o afastamento do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) da CCAI (Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência).

O que aconteceu

Marinho falou que saída evitaria "exposição muito grande". "A minha opinião é que, até por uma questão de equidade, eu acho que ele, sim, deveria se afastar da CCAI, como o ministro Alexandre de Moraes deve se afastar dessa investigação [da Abin paralela] para que haja imparcialidade nesse processo", disse o senador em participação no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Senador disse que conversou com Ramagem e pediu para deputado pensar. Segundo ele, essa conversa ocorreu na semana passada. "Ele me procurou com essa preocupação [sobre se afastar da CCAI]. Eu não o aconselhei. Eu pedi para ele pensar", afirmou Marinho.

PF apura uso ilegal de programa espião

A PF cumpriu mandados de buscas e apreensão contra Ramagem no mês passado. Outros ex-integrantes da sua gestão na Abin durante o governo Bolsonaro também foram alvos da corporação.

Buscas foram realizadas no gabinete do ex-chefe da Abin na Câmara. Endereços residenciais dele, assim como outros locais, também estiveram entre os alvos.

Ao todo, foram cumpridos 21 mandados, além de medidas cautelares diversas de prisão. Sete agentes da PF também tiveram pedido de suspensão imediata de funções públicas. As buscas aconteceram em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro.

A PF alega que a atuação de Ramagem está em "descompasso" com as investigações. Isso porque o deputado é membro da CCAI e, segundo a corporação, ele tem acesso a informações que não deveria ter na condição de investigado.

Hoje deputado, Ramagem era delegado da PF quando se aliou ao então candidato Jair Bolsonaro (PL). Ramagem se aproximou da família ainda na campanha de 2018, quando virou chefe da segurança pessoal de Bolsonaro depois da facada que o então candidato levou durante um evento eleitoral em Juiz de Fora (MG). Eleito, Bolsonaro escolheu Ramagem para chefiar a Abin, cargo que ele ocupou até 2022.

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