Ação contra deputada que ligou Bolsonaro a bandidos é arquivada

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados votou hoje para arquivar o processo contra a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que em dezembro passado associou a família Bolsonaro a organizações criminosas durante reunião.

O que aconteceu

Processo foi encerrado por 14 votos a 4. Melchionna era acusada pelo PL de ter quebrado o decoro parlamentar ao ofender o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em reunião da comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado em dezembro do ano passado.

"Essas organizações criminosas que ainda hoje têm amizade e relações políticas com a familícia (sic), ou a família Bolsonaro e seus filhos bandidos", disse ela.

Na mesma ocasião, a deputada também discutiu com Gilvan da Federal (PL-ES) e Coronel Meira (PL-ES), que intercederam pela família Bolsonaro. "Eu, que não me intimidei pela familícia (sic), não vou me intimidar para deputado patético da extrema-direita e coadjuvante da Câmara dos Deputados, que eu nem sei o nome", declarou ela.

Foi aprovado o parecer do deputado Julio Arcoverde (PP-PI), que considerou que a deputada se manifestou politicamente durante o debate parlamentar e, portanto, não ferem o decoro.

Coronel Meira contestou decisão. "É muito ruim no meu caso ter sido xingado de bandido por essa deputada. Vamos debater, vamos ter os nossos lados, as nossas bandeiras. Mas dentro de uma civilidade, dentro de um respeito à mulher e ao homem que está aqui eleito", disse.

Melchionna respondeu, dizendo que nunca chamou Meira de bandido. "Não vou pedir desculpas por algo que não fiz. Chamei de bandidos os filhos de Bolsonaro, e reafirmo".

*Com informações da Agência Câmara

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