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Lula: 'Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia'

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

26/06/2024 17h39Atualizada em 27/06/2024 08h26

O presidente Lula (PT) condenou a tentativa de golpe de Estado na Bolívia nesta quarta (26).

O que aconteceu

Lula disse que esperar que a democracia prevaleça no país vizinho. "Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. O golpe nunca deu certo", afirmou.

O Itamaraty também condenou o que chamou de "clara ameaça ao Estado democrático de direito". O presidente se reuniu com o chanceler Mauro Vieira e Celso Amorim, assessor da Presidência para assuntos internacionais, pouco após militares tomarem a praça em La Paz onde fica o palácio presidencial da Bolívia.

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Presidente boliviano demitiu os três chefes das Forças Armadas e nomeou seus substitutos. Luis Arce ordenou que o general Juan José Zúñiga desmobilizasse as tropas imediatamente — algumas horas depois, o s militares deixaram a raça Murillo, sede da Presidência da Bolívia.

Soldados chegaram a jogarbombas de gás lacrimogêneo em pessoas que estavam na praça e cercaram o prédio com escudos. Uma imagem de uma televisão local mostra o presidente Luis Arce encarando Zuñiga.

Tropas militares lançam gás lacrimogêneo em frente à sede do governo da Bolívia, em La Paz Imagem: 26.jun.2024-Aizar Raldes/AFP

Autoridades condenam ação dos militares bolivianos

Gabriel Boric, presidente do Chile. "Expressamos nosso apoio com nosso país-irmão e ao governo legítimo de Luis Arce. Condenamos energicamente a ação inaceitável de um setor do exército do país. Não podemos tolerar nenhuma violação da ordem constitucional na Bolívia ou qualquer outro lugar".

Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina "Meu apoio incondicional ao presidente Luis Arce, e convoco a defesa firme da democracia. Não permitamos que a vontade do povo seja subjugada", escreveu ele nas redes sociais.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha: "A Espanha condena veementemente os movimentos militares na Bolívia. Enviamos ao governo da Bolívia e ao seu povo o nosso apoio e solidariedade e apelamos a que respeitem a democracia e o Estado de direito".

Santiago Peña, presidente do Paraguai: "O Paraguai condena as mobilizações irregulares do exército boliviano denunciadas pelo presidente Arce. Fazemos um forte apelo ao respeito pela democracia e pelo Estado de direito".

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