AGU pede que redes sociais removam vídeo falso de Celso Amorim com Maduro

A AGU (Advocacia-Geral da União) notificou as redes sociais X, Instagram e Facebook para que removam de suas plataformas um vídeo falso em que o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, aparece confraternizando ao lado do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

O que aconteceu

Pedido foi feito por órgão de combate às Fake News após uma demanda da Secom. A PNDD (Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia) decidiu acionar as redes após constatar que o vídeo seria uma manipulação "possivelmente com uso de inteligência artificial" que dá a entender que Celso Amorim teria confraternizado com o ditador no contexto da polêmica eleição no país vizinho.

Políticos da oposição publicaram conteúdo para criticar postura do governo em relação à Venezuela. Para AGU o conteúdo pode ser enquadrado como "desinformação", pois gera confusão sobre a posição oficial do governo brasileiro sobre a situação na Venezuela.

Oficialmente, Brasil assinou nota conjunta com Colômbia e México cobrando a divulgação das atas eleitorais da Venezuela. Países cobram Venezuela para que divulgue publicamente os dados desagregados das mesas de votação. Maduro foi reeleito sem que fossem apresentadas as atas que atestam o resultado oficial da votação e que, segundo a oposição, mostram a derrota de Maduro.

Fraude tem levado a protestos na Venezuela e a questionamentos internacionais de outros países. Neste contexto, o candidato da coalizão de oposição, Edmundo Gonzalez publicou uma carta nesta segunda-feira (5), na qual ele se proclama presidente e pede que as Forças Armadas não sejam cúmplices do chavismo.

Segundo a PNDD, além de enganoso e fraudulento, o vídeo divulgado por políticos brasileiros configura violação do direito à informação. Para o órgão, o vídeo também tenta deslegitima a atuação de um agente público que estava em missão oficial representando o governo no país vizinho

A veiculação de vídeos ou imagens manipuladas pelo uso de inteligência artificial, criando cenas não condizentes com a realidade, retira da sociedade o direito fundamental à informação - explica a coordenadora-geral de Defesa da Democracia da PNDD, Priscilla Rolim de Almeida.

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