Anielle elogia Lula após demissão de Almeida e pede respeito à privacidade
Do UOL, em São Paulo
06/09/2024 20h39Atualizada em 06/09/2024 20h53
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, publicou nesta sexta-feira (6) uma nota oficial após a demissão de Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual.
O que aconteceu
Anielle destacou o que chamou de "ação contundente do presidente Lula". "Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi", escreveu.
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Ministra não confirmou ou negou violência em nota, e pediu respeito à privacidade. "Contribuirei com as apurações, sempre que acionada", declarou (leia a íntegra da nota abaixo).
Silvio Almeida foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania na noite desta sexta (6), após virem à tona denúncias de que ele teria assediado mais de uma vítima —incluindo a ministra Anielle. Em nota, o presidente Lula (PT) disse que a manutenção do ministro diante das acusações é "insustentável".
PF vai investigar o caso. As denúncias contra Silvio foram publicadas na quinta-feira (5) pela organização Me Too Brasil, que apoia mulheres vítimas de violência sexual.
Anielle confirmou as denúncias a colegas da Esplanada. Apesar de não dizer em público, o UOL apurou que ela confirmou que foi vítima de importunação sexual por Silvio Almeida em reunião com outros quatro ministros: Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Cida Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).
Silvio Almeida nega acusações. Em nota, o ex-ministro disse estar sofrendo uma campanha de difamação e racismo. "Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim", disse.
Sob Almeida, Ministério dos Direitos Humanos tinha denúncias de assédio moral e pedidos de demissão em série. Reportagem do UOL publicada nesta quinta-feira (5) mostra que esses episódios envolvendo a pasta até então comandada por Silvio Almeida ocorrem desde o início da gestão, em janeiro de 2023 — o ministro também nega essas acusações.