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Silveira cobra Enel e diz que Nunes propaga fake news sobre apagão em SP

Do UOL, em São Paulo

14/10/2024 11h58Atualizada em 14/10/2024 12h43

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que medidas da Enel "beiraram burrice" e acusou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de propagar fake news sobre o apagão que atinge áreas da capital paulista desde sexta-feira (11).

O que aconteceu

Silveira afirmou que faltou planejamento da Enel, e que medidas usadas pela concessionária "beiraram a burrice". "Por mais que você, da sua central, tenha de religar a rede, você não vai conseguir, porque é um problema físico. Você tem que ter gente para podar árvores. Eu disse que a Enel faltava, no mínimo, e usei um termo, inclusive, bastante contundente, de que faltou planejamento e beirou a burrice", disse.

Ministro acusou Nunes de espalhar fake news ao sugerir que o ministro estaria tratando do contrato com a Enel. Ele destacou que, na verdade, o contrato vai até 2028.

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Ele ressaltou, ainda, que quedas de árvores foram importantes na interrupção do fornecimento de energia. Silveira cobrou que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, cuide do projeto urbanístico da cidade.

O prefeito de SP aprendeu rápido com seu adversário Pablo Marçal. A Enel vence seu contrato em 2028. Nos não trabalhamos com narrativa, nos trabalhamos com fatos. Mais de 50 por cento dos eventos foram causados por árvores caindo. Nós estamos levando esse ponto para uma discussão no governo federal. Municípios que não cumprem com sua responsabilidade tem que dar pelo menos a liberdade ao setor de distribuição de cuidar
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia

Além disso, Silveira destacou que o setor de energia não pode ser reativo a eventos climáticos severos. Na justificativa da Enel, o temporal que atingiu São Paulo na noite de sexta-feira (11) foi um "evento climático extremo" que causou o desligamento de várias linhas de alta tensão e subestações de energia.

Hoje eventos climáticos severos são expurgados da avaliação contratual. E no decreto de distribuição, as distribuidoras passarão a ser penalizadas caso elas não tenham uma previsão ou planejamento necessário a evitar esse tipo de evento. Porque é imperiante que o mundo passe por eventos com margem severa
Ministro de Minas e Energia

Enel tem 3 dias para resolver problemas de maior volume

Alexandre Silveira solicitou ajuda de outras concessionárias para solucionar os problemas de falta de energia em São Paulo. Além da Enel, Neonergia, Energisa, CPFL e Light enviarão outros 400 eletricistas.

Foi determinada a abertura de um processo [para romper o contrato]. Nada foi feito, pelo menos que eu tenha conhecimento. Volto a dizer: hoje eu vim para resolver o problema. Mas, mais do que isso, ouvir todas as distribuidoras e cobrar delas o que elas têm que fazer.
Alexandre Silveira

Mais de 500 mil pessoas seguem sem energia

Maioria das 537 mil casas sem luz estão na capital. Em São Paulo, segundo boletim divulgado pela Enel na manhã desta segunda-feira (14), há 354 mil clientes sem energia elétrica.

Apagão também atinge Cotia (36,9 mil imóveis), Taboão da Serra (32,7 mil imóveis) e São Bernardo do Campo (28,1 mil imóveis). Até o momento, 1,5 milhão de casas tiveram energia restabelecida até o momento, segundo a empresa.

Companhia não dá previsão de retorno. Nas notas enviadas pela Enel, o órgão informa que "segue trabalhando para restabelecer o fornecimento". Ao UOL, clientes lesados informaram que recebiam previsões de retorno de luz em horários que já passaram ao contatar canais oficiais da empresa.

Ao todo, 17 linhas de transmissão foram afetadas, diz Enel. Em entrevista à TV Globo, Darcio Dias, diretor de operações da concessionária, informou que a situação em curso é pior do que a de novembro de 2023, quando a capital e a Grande São Paulo passaram quatro dias sem energia.

Vinte e nove escolas estaduais estão sem energia e funcionarão com luz natural. Segundo a Seduc-SP, os alimentos perecíveis dessas unidades estão preservados. O órgão também informou que cinco unidades escolares tiveram aulas canceladas por causa de danos causados pelas chuvas. Desde sexta-feira, mais de 130 escolas municipais e estaduais da capital relataram problemas.

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