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Antes do G20, Janja defende exploração de petróleo na foz do Amazonas

A primeira-dama Janja da Silva Imagem: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

13/11/2024 15h56Atualizada em 13/11/2024 15h59

A primeira-dama Janja da Silva defendeu a exploração de petróleo no bloco da margem equatorial, próxima à bacia da foz do Amazonas, na costa do Amapá.

O que aconteceu

Como o marido, o presidente Lula (PT), ela indicou que a exploração deve ser feita de forma responsável. "Acho que a gente tem total capacidade para explorar sem prejudicar o meio ambiente", disse Janja em entrevista à CNN Brasil. A primeira-dama já está no Rio de Janeiro para o G20, presidido pelo Brasil.

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A extração, defendida pela Petrobras, é polêmica pela distância de cerca de 500 km do rio. No ano passado, o Ibama chegou a dar um parecer que impedia a iniciativa, que depois foi liberada pela AGU (Advocacia-Geral da União).

A primeira-dama usa a exploração do pré-sal, "feita com estudos", como exemplo. "A Petrobras é uma coisa de ponta na questão, uma empresa que tem muito desenvolvimento de tecnologias", completou Janja. A íntegra da entrevista será transmitida no sábado (16).

Lula sempre defendeu a exploração, embora vá em caminho contrário ao discurso de desenvolvimento sustentável do governo. A justificativa do Planalto, reverberada pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), é que, enquanto a transição energética não for feita, é preciso manter a exploração.

A Petrobras estima que o bloco da margem equatorial possa conter 5,6 bilhões de barris de petróleo. Essa seria uma das maiores reservas da história do país. Como comparação, o pré-sal tem cerca de 12 bilhões de barris.

A pauta é polêmica. O estímulo à energia limpa e ao desenvolvimento sustentável é uma das principais bandeiras do terceiro mandato de Lula, a mesma que a gestão defende na COP29, no Azerbaijão, neste momento. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) representa o país.

A extração pode prejudicar o bioma de toda a região. Estudos indicam que as construções e intervenções podem alterar a maré e até influenciar na fauna e na flora ao longo de todo o rio.

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