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Ricardo Nunes exonera capitão da Rota suspeito de vazar dados para o PCC

Ricardo Nunes (MDB)  - Manuela Rached Pereira/UOL Ricardo Nunes (MDB)  - Manuela Rached Pereira/UOL
Ricardo Nunes (MDB) Imagem: Manuela Rached Pereira/UOL

Do UOL, em São Paulo

30/01/2025 14h50Atualizada em 30/01/2025 15h44

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou o capitão PM Raphael Alves Mendonça do cargo que o oficial ocupava em seu gabinete.

O que aconteceu

Exoneração foi publicada na edição desta quinta-feira (30) do Diário Oficial. Mendonça trabalhava na Assessoria Policial Militar, órgão diretamente ligado ao gabinete de Nunes e responsável pela segurança pessoal do prefeito e de sua família.

Investigação iniciada em 2024 tem Mendonça como alvo. Aberto a partir de uma denúncia anônima, o inquérito é tocado pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.

Informações sigilosas vazadas por PMs ao PCC estão no centro da investigação. No último dia 16, 15 policiais foram presos em uma operação ligada ao inquérito.

Vazamentos envolveriam PMs da Rota, segundo denúncia. Considerada a tropa de elite da polícia paulista, a Rota teve Mendonça entre seus integrantes por seis anos.

Além da Rota, Mendonça atuou na Polícia Judiciária Militar e na Procuradoria-Geral de Justiça. De acordo com as investigações, ele é amigo pessoal de vários dos policiais que são alvos do inquérito e até indicou alguns deles para trabalhar na parte de inteligência da Rota.

Mendonça atuou em "funções administrativas", diz prefeitura. Em nota, o governo municipal informou que o PM "eventualmente fez a escolta do prefeito em substituição a outros policiais militares que se encontravam em fruição de afastamentos regulares".

Secretaria de Segurança Pública informou que casos estão sob investigação a cargo da Corregedoria. "Nenhum desvio de conduta será tolerado", afirmou a pasta em nota, na qual destacou a prisão de 17 PMs e a transferência de Mendonça para o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano desde o último dia 20.


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