Mauro Cid pede ao STF investigação sobre vazamento de primeira delação

Assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid pediu ao STF nesta quarta-feira (29) a abertura de investigação após parte de sua delação vazar para imprensa.

O que aconteceu

Defesa de Cid chamou vazamento de "criminoso". Segundo a defesa do militar, a situação coloca em risco ele e sua família.

Colunista divulgou primeira parte da delação no último dia 25. O jornalista Elio Gaspari teve acesso ao material e publicou em sua coluna nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.

"Medidas devem ser tomadas para averiguar quem providenciou a quebra do sigilo", diz defesa de Cid no documento. Os advogados pedem que seja descoberta a identidade de quem repassou os documentos a Gaspari, para posterior punição.

"Não se pretende, de modo algum, penalizar a imprensa", afirmam advogados no texto. O documento lembra que "o direito à informação está protegido pelo artigo 5º, XIV da Constituição Federal", que permite "a ampla divulgação de informações de interesse público".

Delação de Cid foi homologada pelo STF em setembro de 2023. No depoimento, o militar citou nove das 40 pessoas indiciadas pela Polícia Federal por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado após a vitória do atual presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

Cid apontou 20 nomes envolvidos na trama. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (hoje deputado federal pelo PL-RJ) e o blogueiro Oswaldo Eustáquio são alguns dos citados pelo militar que não foram indiciados pela Polícia Federal.

Bolsonaro trabalhava com duas hipóteses para reverter resultado de eleições, segundo Cid. A primeira envolvia encontrar algum tipo de fraude nas urnas. Já a segunda dependia de convencer as Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado.

1 comentário

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Mauricio Florencio Cuesta

cid fica melhor dr galrgo doque fardado

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