Macron recua
Depois de mais de um mês de protestos na França, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou uma série de medidas nesta segunda-feira (10) para tentar acalmar o país:
- Aumento de 100 euros (R$ 445) no salário mínimo francês a partir de 2019. O valor hoje é 1.498,47 euros (R$ 6.671)
- Pedido aos empregadores "que podem" para que paguem um bônus de fim de ano aos empregados - "e será livre de impostos"
- Para os aposentados que ganham menos de 2.000 euros por mês (R$ 8.900), anulação de uma taxa que seria cobrada
- Fim de cobrança de imposto sobre as horas extras
Com um tom mais sóbrio e conciliador do que nos outros discursos, Macron voltou a condenar a violência nas manifestações, mas disse que não ignora "que há uma cólera e uma indignação".
Dois pontos centrais nas manifestações ficaram de fora: o próprio pedido de renúncia do presidente -- que não demonstrou intenção de deixar o cargo; e a volta de imposto sobre as grandes fortunas.
Para muitos manifestantes, ao retirar a taxa, Macron privilegiou os mais ricos. Macron voltou a insistir que a medida tem como objetivo atrair aqueles "que produzem emprego e riqueza".