Como qualquer mãe cuidadosa, Cecilia Gonzalez segue de perto a rotina de seu filho, Ashton, 6, do café da manhã até a hora de dormir. A diferença é que os dois vivem separados por quase 4.000 quilômetros. Tudo é feito por vídeo, já que ela está no México, e ele vive nos EUA.
Após quase duas décadas nos EUA, a mexicana de 42 anos foi deportada no ano passado devido à política de tolerância zero com imigrantes ilegais do governo atual. Mesmo com o filho tratando um câncer, foi impedida de voltar para visitá-lo.
Ela é casada desde 2007 com Jason Rochester, 44, um americano cristão evangélico e motorista de uma empresa de entregas. Curiosamente, ele votou no republicano Donald Trump, graças às suas promessas de leis antiaborto. No entanto, não esperava que a campanha contra mexicanos criminosos, os tais "bad hombres", incluiria sua mulher.
Atualmente morando na cidade de Mérida, ela está proibida de voltar aos EUA por dez anos porque, quando jovem, já havia sido pega cruzando a fronteira ilegalmente. Por ser reincidente, está proibida de voltar e tentar um novo visto por uma década.
Ainda assim, tem esperança de voltar "para casa" o quanto antes.
Porém ela sabe que sua única chance atualmente seria um projeto de lei chamado American Families United, no Congresso há três anos, que promete ajudar cônjuges, filhos e pais de cidadãos americanos em procedimentos de imigração.
Hoje, são mais de 1 milhão de imigrantes ilegais nos EUA casados com cidadãos americanos --um terço deles têm filhos menores de 18 anos. A seguir, Cecilia Gonzalez conta sua história.