OMS confirma aumento de casos de ebola na Libéria, em Serra Leoa e Guiné
Os casos de ebola na Libéria, em Serra Leoa e Guiné continuam aumentando, confirmou nesta quinta-feira (18) a OMS (Organização Mundial da Saúde), que atualizou para 2.622 o novo número de mortos.
O número de infectados chega a 5.335, dos quais 2.710 correspondem unicamente à Libéria, onde 1.459 doentes morreram. A transmissão do vírus na capital Monróvia agora é considerada o principal impulsor da epidemia.
Serra Leoa é o segundo país onde há mais casos acumulados, 1.673, dos quais 562 resultaram em mortes, enquanto na Guiné já foram descobertos 942 casos, com 601 mortes.
O que preocupa a OMS é que qualquer esforço para deter a transmissão do vírus parece insuficiente. Afinal, o número de casos aumentou nas últimas três semanas.
Segundo o relatório desta quinta-feira (18) sobre o avanço do roteiro do órgão para impedir a epidemia do ebola, 52% dos casos registrados na Libéria ocorreram nos últimos 21 dias, enquanto em Serra Leoa o período representa 39% e, em Guiné, 33 %.
A ONU (Organização das Nações Unidas) lançou há dois dias um novo plano internacional de contenção do ebola, para o qual será necessário uma mobilização financeira de US$ 1 bilhão.
Além de deter a transmissão do vírus, o objetivo é evitar o colapso completo dos sistemas de saúde dos três países afetados, onde é notável um aumento de mortes por doenças comuns (malária, tuberculose e crônicas). O motivo é a saturação dos hospitais devido ao atendimento aos pacientes com ebola.
Outro problema é que os estabelecimentos de saúde sofrem com deserção dos empregados, que temem ser contagiados com o vírus letal durante os atendimentos.
A OMS considera claramente que a situação mais grave é a da Libéria, onde "os novos casos aumentam a cada semana" e a demanda por camas nos centros de tratamento continua aumentando.
Sobre o surto simultâneo do ebola na República Democrática do Congo, a OMS informou já foram registrados 71 casos, entre os quais 41 pessoas faleceram e 11% dos casos correspondem a trabalhadores sanitários. Para o órgão, o surto no Congo não tem relação com o primeiro.
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