Idosa morre por ebola no Mali; epidemia se estende pelo país
Uma idosa que havia contraído ebola morreu nesta quinta-feira (13) em Bamaco, capital do Mali, país onde o vírus parece se estender sem controle e que, com esse caso, já registrou três mortes pela doença.
A vítima é uma mulher que havia ido ao funeral de um imã falecido recentemente e que pode ter transmitido o vírus a um enfermeiro da capital que o atendeu e morreu na última terça-feira.
Com a morte da idosa parece se confirmar a suspeita que o imã sofria de ebola. Ele foi enterrado sem que tivesse sido descartada a chance de ter ou não a doença.
Esse homem, que vinha de Guiné, visitou vários centros médicos antes de chegar a Bamaco, onde morreu. O funeral foi feito em uma mesquita da capital, por isso é cogitado que o número de infectados por contato com o falecido seja alto.
Por enquanto, sabe-se que idosa, que participou do funeral do imã e, na noite de quarta-feira, ao ver que seu estado não melhorava, foi transferida ao Hospital Gabriel Touré, onde morreu. Os exames realizados no cadáver para ver se ela era trasmissora do vírus deram positivo.
O pânico gerado na terça-feira (11), após o anúncio da segunda morte de ebola em menos de 20 dias no Mali, aumentou entre a população nesta quinta-feira (13).
No hospital onde a idosa morreu, tanto os pacientes como enfermeiros e os próprios médicos fugiram correndo do centro, enquanto um número indeterminado de pessoas que estavam no interior do edifício foi proibido de sair e colocados em quarentena.
O pessoal da clínica Pasteur, de Bamaco, onde trabalhava o enfermeiro que faleceu, também está em quarentena junto a várias pessoas da Missão da ONU no Mali (Minusma).
O governo, acusado por muitos de negligência, tenta sensibilizar a população por meio da imprensa. Os rumores são espalhados rapidamente e não param de surgir supostos casos de ebola pelas redes sociais e por mensagens de texto.
O primeiro caso de ebola no Mali foi anunciado em 24 de outubro, quando uma menina de dois anos morreu após retornar a seu país também de Guiné, um dos focos do vírus ao lado de Libéria e Serra Leoa.
Segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de ebola na África Ocidental chegou aos 14.098 contágios e resultou 5.160 mortes.
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