Diretor reintegrado do Incor é alvo de processos do Ministério Público
São Paulo - Dois olhares atentos se lançaram sobre a reintegração do cardiologista José Antonio Franchini Ramires na direção da Divisão Clínica do Incor, no dia 22 de dezembro. Um deles provinha do Palácio dos Bandeirantes. Em 2006, no auge da crise que deixou o Incor insolvente, o governador José Serra cobrou compromissos para salvar a instituição - e um deles era os afastamentos de Ramires, então presidente do Conselho Curador do Incor, e de Mário Gorla, então presidente da Fundação Zerbini. O outro olhar veio do Ministério Público Estadual, que abriu cinco inquéritos contra a antiga direção para apurar possíveis irregularidades na Fundação Zerbini, que gere o Incor.
O promotor Airton Grazzioli, que comanda a investigação, diz que a volta de Ramires, determinada pela Justiça, não influirá na investigação, pois ele não terá ingerência sobre a gestão do Incor. Comenta-se na instituição, no entanto, que o retorno à divisão lhe dá o comando de toda a parte de atendimento, a área de ensino e os projetos de pesquisa, o que pode significar uma reconstrução de caminho para o retorno futuro à direção.
Ramires, por sua vez, encarou a reintegração como uma revanche: no discurso que fez para cardiologistas da casa, no dia 22, disse que não cometeu irregularidades e criticou a gestão atual da Zerbini e do Incor. Nem o atual presidente do Conselho Curador, imunologista Jorge Kalil, nem o presidente do Conselho Diretor do Incor, cardiologista Noedir Stolf, compareceram à reintegração de Ramires, que, por sua vez, não vai às reuniões do Conselho Curador, do qual é membro. A resposta do MPE é mais incisiva.
São cinco inquéritos abertos pela Promotoria de Fundações, em São Paulo, e mais dois distribuídos a outras instâncias: um, que é o "mais nervoso", segundo Grazzioli, ao Ministério Público Federal, por envolver recursos federais; e outro ao Ministério Público Estadual do Paraná, por se referir a convênio com a prefeitura de Ponta Grossa (PR). Grazzioli conta que falta pouco para concluir as investigações; ele pretende finalizar os inquéritos no primeiro semestre de 2009, quando decidirá quais serão enviados à Justiça. O alvo principal dos inquéritos é o ex-presidente da Fundação Zerbini, Mário Gorla, mas Ramires é citado em quase todos.
O promotor Airton Grazzioli, que comanda a investigação, diz que a volta de Ramires, determinada pela Justiça, não influirá na investigação, pois ele não terá ingerência sobre a gestão do Incor. Comenta-se na instituição, no entanto, que o retorno à divisão lhe dá o comando de toda a parte de atendimento, a área de ensino e os projetos de pesquisa, o que pode significar uma reconstrução de caminho para o retorno futuro à direção.
Ramires, por sua vez, encarou a reintegração como uma revanche: no discurso que fez para cardiologistas da casa, no dia 22, disse que não cometeu irregularidades e criticou a gestão atual da Zerbini e do Incor. Nem o atual presidente do Conselho Curador, imunologista Jorge Kalil, nem o presidente do Conselho Diretor do Incor, cardiologista Noedir Stolf, compareceram à reintegração de Ramires, que, por sua vez, não vai às reuniões do Conselho Curador, do qual é membro. A resposta do MPE é mais incisiva.
São cinco inquéritos abertos pela Promotoria de Fundações, em São Paulo, e mais dois distribuídos a outras instâncias: um, que é o "mais nervoso", segundo Grazzioli, ao Ministério Público Federal, por envolver recursos federais; e outro ao Ministério Público Estadual do Paraná, por se referir a convênio com a prefeitura de Ponta Grossa (PR). Grazzioli conta que falta pouco para concluir as investigações; ele pretende finalizar os inquéritos no primeiro semestre de 2009, quando decidirá quais serão enviados à Justiça. O alvo principal dos inquéritos é o ex-presidente da Fundação Zerbini, Mário Gorla, mas Ramires é citado em quase todos.
Carlos Marchi