ONG lança serviço telefônico com orientações sobre aborto no Chile
Uma organização não governamental do Chile lançou uma linha telefônica para orientar mulheres com informações sobre como fazer abortos em casa, a partir do uso de medicamentos que provoquem o fim da gravidez.
O anúncio do lançamento do programa pela ONG Red Salud Mujeres Chile, na última quinta-feira, causou uma grande polêmica no país, onde o aborto é proibido por lei.
De acordo com uma das integrantes da ONG, Rosa Yáñez, as mulheres que ligarem para o número de telefone gratuito da organização serão orientadas a tomar um medicamento originalmente indicado para problemas gástricos, mas que seria efetivo para interromper a gravidez até o terceiro mês. "É preciso receita médica para a compra deste medicamento, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) sempre o recomendou para o uso ginecológico. Além disso, ele não faz mal à saúde", afirmou Rosa Yáñez à imprensa chilena.
"Aborto seguro" A porta-voz do grupo, Siomara Molina, afirmou que o objetivo do programa é evitar que mulheres façam abortos clandestinos que tragam riscos à sua saúde. Ela ainda afirmou que o medicamento já era recomendado por médicos chilenos para a prática do aborto.
"Não estamos sendo irresponsáveis. Essa é uma informação pública, que está na internet. Mas muitas mulheres não têm acesso à internet. Aqui no Chile são realizados entre 100 mil e 120 mil abortos por ano, clandestinamente. E o que fazemos é orientá-las a realizar um aborto seguro", disse Molina, nesta sexta-feira, à rádio Cooperativa, de Santiago. Ela afirmou ainda que algumas mulheres ligaram para o número pedindo ajuda assim que o serviço foi anunciado. "Algumas mulheres nos ligaram pedindo informações. Mas, principalmente, ligaram homens nos agredindo", afirmou. Críticas O ex-ministro da Saúde, Pedro García, afirmou à imprensa local que "não existe aborto seguro" e condenou a ideia. A iniciativa da ONG levou deputados do partido conservador UDI a afirmarem que estudam entrar com uma ação na Justiça contra a organização. O mesmo estaria sendo analisado pela Rede de Organizações pela Vida e pela Família, como afirmou um de seus integrantes, Jorge Reyes: "É inexplicável que uma ONG promova o uso de um medicamento que é para outro fim para a prática de aborto, um delito terrível", disse Reyes.
O anúncio do lançamento do programa pela ONG Red Salud Mujeres Chile, na última quinta-feira, causou uma grande polêmica no país, onde o aborto é proibido por lei.
De acordo com uma das integrantes da ONG, Rosa Yáñez, as mulheres que ligarem para o número de telefone gratuito da organização serão orientadas a tomar um medicamento originalmente indicado para problemas gástricos, mas que seria efetivo para interromper a gravidez até o terceiro mês. "É preciso receita médica para a compra deste medicamento, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) sempre o recomendou para o uso ginecológico. Além disso, ele não faz mal à saúde", afirmou Rosa Yáñez à imprensa chilena.
"Aborto seguro" A porta-voz do grupo, Siomara Molina, afirmou que o objetivo do programa é evitar que mulheres façam abortos clandestinos que tragam riscos à sua saúde. Ela ainda afirmou que o medicamento já era recomendado por médicos chilenos para a prática do aborto.
"Não estamos sendo irresponsáveis. Essa é uma informação pública, que está na internet. Mas muitas mulheres não têm acesso à internet. Aqui no Chile são realizados entre 100 mil e 120 mil abortos por ano, clandestinamente. E o que fazemos é orientá-las a realizar um aborto seguro", disse Molina, nesta sexta-feira, à rádio Cooperativa, de Santiago. Ela afirmou ainda que algumas mulheres ligaram para o número pedindo ajuda assim que o serviço foi anunciado. "Algumas mulheres nos ligaram pedindo informações. Mas, principalmente, ligaram homens nos agredindo", afirmou. Críticas O ex-ministro da Saúde, Pedro García, afirmou à imprensa local que "não existe aborto seguro" e condenou a ideia. A iniciativa da ONG levou deputados do partido conservador UDI a afirmarem que estudam entrar com uma ação na Justiça contra a organização. O mesmo estaria sendo analisado pela Rede de Organizações pela Vida e pela Família, como afirmou um de seus integrantes, Jorge Reyes: "É inexplicável que uma ONG promova o uso de um medicamento que é para outro fim para a prática de aborto, um delito terrível", disse Reyes.
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