Investimento na área aumentou, diz ministério
O Ministério da Saúde diz ter elevado em 12% o investimento na área entre 2010 e 2016. A redução de leitos, defende, está relacionada à mudança no perfil epidemiológico e à tendência mundial de desospitalização. Segundo a pasta, "tratamentos que antes exigiam internação passaram a ser feitos no âmbito ambulatorial e domiciliar".
O ministério diz ter seguido essa lógica ao investir na expansão de leitos pediátricos voltados aos casos de maior complexidade. Segundo o órgão, se considerar só esse tipo de vaga, a expansão é de 15% no período.
A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que a redução "se concentrou principalmente entre os hospitais filantrópicos, como as Santas Casas", entidades que sofrem dificuldades financeiras "em razão do subfinanciamento federal da saúde".
Assim como o ministério, a secretaria disse que mudanças em protocolos clínicos levaram à redução da necessidade de internação. O Estado promete ao menos 30 leitos de UTI pediátrica e neonatal com a entrega de nove hospitais em construção.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (capital que mais perdeu leitos) diz que já trabalha na implantação de 117 novos leitos pediátricos neste ano, nos hospitais da Brasilândia e de Parelheiros, ambos em obras. Apesar da redução, segundo a pasta, houve aumento de vagas em alguns tipos de serviço, como UTIs infantis. Ressaltou ainda que tem "sistema de regulação de vagas informatizado e online 24 horas por dia", que otimiza o uso de leitos.
Já a Secretaria de Saúde do Tocantins disse que atua "na busca de vagas em centros pediátricos de cirurgia cardíaca de todo o País para que sejam feitas as transferências necessárias". Afirmou ainda que "vem empreendendo todos os esforços" para implantar serviço do tipo no Estado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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