Estudo sugere que aspirina pode conter doença no esôfago
Tomar aspirina talvez diminua a probabilidade de desenvolver esôfago de Barrett, principal fator de risco para o câncer de esôfago, afirmam pesquisadores.
O tecido que reveste o esôfago é substituído, no esôfago de Barrett, por um tecido semelhante àquele que reveste os intestinos. A doença geralmente ocorre em pessoas com refluxo gastroesofágico, e afeta aproximadamente um por cento dos americanos adultos.
Pesquisadores da Universidade Harvard compararam 434 pacientes com esôfago de Barrett a 434 pessoas semelhantes sem o problema. Após levar em conta idade, sexo, consumo de álcool e outros fatores, eles descobriram que o risco diminuía para menos da metade nas pessoas que tomavam aspirina em comparação com as pessoas que não tomavam o medicamento. Os participantes que tomavam mais de 325 miligramas ao dia – um comprimido de tamanho regular – corriam menos risco que as que ingeriam quantidade inferior.
A aspirina inibe a produção de COX-2, enzima que produz inflamação e dor, e os autores acreditam que isso explique seu efeito. Eles reconheceram que o estudo, publicado na edição de julho do periódico Clinical Gastroenterology and Hepatology, pode ter sido influenciado por diferenças desconhecidas entre os dois grupos.
"Começar a tomar aspirina para prevenir o esôfago de Barrett provavelmente não é realista e, caso esse seja o único motivo, eu hesitaria em recomendar seu uso", afirmou o Dr. Chin Hur, autor sênior do estudo e professor adjunto de medicina em Harvard. "Mas existem outras indicações para o uso da aspirina: os benefícios na prevenção do câncer e de doenças cardíacas."
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