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Paulo Zulu é exemplo de como conciliar sucesso profissional com simplicidade e qualidade de vida

Paulo Zulu passeia pela praia: "Faço meditação olhando para o mar, tomando sol, na presença da natureza" - Marco Dutra/UOL
Paulo Zulu passeia pela praia: "Faço meditação olhando para o mar, tomando sol, na presença da natureza" Imagem: Marco Dutra/UOL

Cármen Guaresemin

Do UOL, em São Paulo

15/09/2012 07h00Atualizada em 17/09/2012 09h26

Pode se dizer que existem dois Paulos Zulu, o modelo e ator que viajou e trabalhou pelo mundo todo e que estreia dia 7 de outubro como apresentador do programa The Amazing Race, no Canal Space, e o homem simples, que vive e tem uma pousada em um vilarejo de pescadores em  Palhoça, pequena cidade de Santa Catarina.

“São duas verdades dentro de uma pessoa só” – assume o próprio, completando: “Um homem tem alma de pescador. Já o outro é um profissional com mais de 20 anos de carreira”.

Ele conta que é feliz por ter conseguido conciliar o trabalho com sua realidade simples e que colocou em primeiro lugar sua vida pessoal.

“Estou casado há 20 anos. Não sei responder quando me perguntam qual a receita. As coisas são assim: escolhemos o amor, temos coisas em comum. E em time que se está ganhando não se mexe, não é? Valorizo muito a família, ela é a base, é minha realidade de vida” – diz se referindo à mulher Cassiana e aos dois filhos, Derek e Patrick.

Quando está em casa, Zulu coloca a mão na terra, literalmente falando: “Tenho uma horta orgânica, um pomar e também pesco, além de ter um barco pesqueiro em sociedade. Isso de mexer com a terra e pescar, para mim, é um tipo de terapia. É a energia da natureza, você doa e depois retira”.

  • Para Zulu cuidar de sua horta orgânica, mexer na terra e pescar, são tipos de terapia. (Foto: Marco Dutra/UOL)

Coragem para mudar

Ao contrário do que possa parecer, as pessoas não o questionam sobre sua escolha e amigos dizem que adorariam ter a vida dele: “Falam que queriam ter coragem para viver como eu. Posso dizer que moro no mato, mas com as facilidades da cidade”.

E para quem o interroga sobre o lado financeiro, achando que ele poderia ganhar mais se estivesse no Rio de Janeiro ou São Paulo, Zulu explica que seu custo de vida é menor, assim, sobra recursos para viajar para lugares especiais com a família, por exemplo.

“Isso de eu não estar nos centros urbanos despertou a curiosidade da mídia. Quiseram saber por que moro no meio do mato, conferiram e entenderam. O mundo inteiro está em busca de bem-estar, de viver sem estresse, de uma felicidade pessoal interna. E isso eu tenho. Escolhi qualidade de vida e envelhecer com dignidade”.

Meditação pessoal
 
Zulu conta que já fez power ioga, mas como se machucou, acabou desistindo. Agora, costuma surfar e correr. Também pratica jiu-jitsu. “Faço no estilo esportivo, que é diferente. Não tem aquilo do ego de ganhar e machucar seu concorrente. Hoje dou seminários e aulas sobre esse tema”.

Quanto à meditação, Zulu é bem original: “Cada um tem seu modo de meditar. Faço automeditação olhando para o mar, tomando sol, na presença da natureza. Gosto de olhar o mar quando estou em busca de paz de espírito”.

E não importa onde ele esteja, Zulu leva seu ritmo. No Rio de Janeiro surfa, corre, toma seu açaí, sai com amigos e com seus irmãos que moram na cidade onde, aliás, ele nasceu: “E em outros países também mantenho minha rotina. Se estou na Indonésia eu surfo, como peixe, faço tudo como faria aqui”.

Eternamente jovem

Prestes a completar incríveis 50 anos, Zulu, que não aparenta esta idade,  tenta explicar seu segredo, especialmente por tomar muito sol: “Ser jovem está dentro de cada um. Tenho praticamente 50 anos, mas 18 de idade mental, minha mente é jovial. Meu corpo acompanha minha mente que ficou parada no tempo”.

Quando se expõe muito ao sol, Zulu comenta que usa boné e quando surfa usa roupa de lycra. Além de passar protetor solar, ainda inclui Hipoglos no rosto.

Para quem quer uma vida parecida com a dele, Zulu aconselha que a pessoa encontre o que quer da vida. “Eu tenho alma de pescador. Olho o mar e me sinto feliz. Porém, tenho o barco pesqueiro, a vida de modelo, a pousada, os seminários; tudo que faço me dá uma remuneração. Então, a pessoa tem de fazer bem feito o que gosta e ‘vender’ isso”.

 

  • Zulu, Cassiana e os filhos, Derek e Patrick, almoçam uma anchova preparada por ele. (Foto: Marco Dutra/UOL)