Chega a 341 o número de casos de catapora em creches e escolas de Indaiatuba (SP)

Subiu para 16 o número de instituições de ensino atingidas pela epidemia de catapora no município de Indaiatuba (a 103 km de São Paulo). De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica, até esta terça-feira (30) foram registrados 341 casos da doença em dez creches, cinco escolas municipais de ensino básico (Emebs) e uma Emeb/creche .

Os primeiros casos foram notificados no fim de agosto. Até agora, nenhuma criança enfrentou complicações decorrentes da doença. Atualmente, cerca de 800 estudantes estão matriculados na rede municipal de Indaiatuba, que conta com 72 unidades.

Uma reunião do departamento está marcada para a manhã desta quarta-feira (31) para decidir novas ações para eliminar o surto. Apesar do aumento de casos, a Secretaria de Saúde do município diz que a situação está sob controle, uma vez que a vacinação está sendo feita.

Ao menos 160 crianças já foram vacinadas contra a doença. Nesta terça-feira (30), a imunização foi realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Califórnia para as crianças (dentro da faixa etária recomendada) matriculadas na creche Profª Luciana Cândido Carneiro. A próxima unidade a receber a imunização será a creche Profª Marina Dias de Carvalho Macedo.

A vigilância recomenda que os pais dos alunos de creches e escolas fiquem atentos aos primeiros sintomas da doença e procurem uma unidade de saúde o quanto antes. “Infelizmente, a vacina é limitada às crianças com idades entre um e cinco anos e, como a catapora é transmitida muito facilmente, logo nos primeiros dias de manifestação a recomendação é evitar lugar onde há aglomeração de pessoas para impedir a proliferação do vírus”, recomendou Rita de Cássia Jiampaulo Ferraz Vaz, diretora de Vigilância em Saúde do município.

A doença

Também conhecida como varicela, a doença se manifesta com maior frequência nas crianças. O sintoma inicial é febre moderada, seguida pelo aparecimento de manchas avermelhadas que dão lugar a pequenas bolhas espalhadas por todo o corpo, que causam coceira. Crostas se formam e se cicatrizam em cerca de 10 dias.

A catapora se manifesta com maior frequência nas crianças num período do ano que compreende o inverno e o início da primavera.

Vacina

A imunização contra a doença ainda não faz parte do calendário básico de vacinação do Ministério da Saúde. No entanto, é oferecida em casos de surtos para as crianças a partir de um ano e menores de cinco anos que ainda não contraíram a doença.

O ministério anunciou este ano que, a partir de agosto do ano que vem, vai passar a incluir no calendário a vacina tetra viral, que imuniza crianças contra caxumba, rubéola, sarampo, e também contra a catapora.

A vacina será aplicada em duas doses: a primeira, quando a criança tem 12 meses, e a segunda, aos quatro anos de idade.