Aspirina é ligada a risco reduzido de câncer no fígado
Em um grande estudo prospectivo, os pesquisadores descobriram uma associação entre o uso de aspirina e um menor risco de câncer de fígado.
Os cientistas analisaram dados de mais de 300.000 homens e mulheres com idades entre 50 e 71 anos, ligando os autorrelatos sobre o uso de aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides com o diagnóstico de carcinoma hepatocelular e morte por doença hepática crônica. Os resultados foram publicados na semana passada no periódico The Journal of the National Cancer Institute.
Depois de 10 anos de acompanhamento, os pesquisadores descobriram que os usuários de aspirina tinham um risco 37 por cento menor de ter câncer de fígado e um risco 51 por cento menor de morte por doença hepática, em comparação com aqueles que não usaram aspirina ou outros anti-inflamatórios não esteroides. A frequência de uso – diário, semanal ou mensal – não interferiu no resultado.
Aqueles que tomaram medicamentos diferentes de aspirinas e anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e o naproxeno, tiveram um risco 34 por cento menor para o câncer em comparação com aqueles que não tomaram. Mas eles não possuem um risco reduzido de morte por doença hepática.
O estudo foi adaptado para variáveis como consumo de álcool, índice de massa corporal e tabagismo, mas a associação permaneceu. Ele sugere que a diferença entre a aspirina e outros medicamentos diferentes de aspirinas e anti-inflamatórios não esteroides pode ser uma descoberta casual, ou pode refletir as diferentes maneiras que inibem a inflamação, um possível colaborador para o câncer.
"Isso não tem implicações clínicas ainda", disse o autor principal, Dr. Vikrant V. Sahasrabuddhe, epidemiologista. "Precisamos de mais pesquisas sobre o papel da inflamação no desenvolvimento do câncer."
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