Topo

PF apura sabotagem no programa Mais Médicos

Carlos Madeiro

Do UOL, em Brasília

18/07/2013 20h45Atualizada em 19/07/2013 09h23

A PF (Polícia Federal) abriu inquérito para investigar uma suposta sabotagem de profissionais inscritos no programa Mais Médicos, do governo federal. A informação foi passada na noite desta quinta-feira (18).

Entenda a proposta do governo

  • Arte/UOL

    Governo quer atrair médicos para as periferias e interior do país e adiciona dois anos aos cursos de medicina

Segundo informações do Ministério da Saúde, profissionais estariam realizando inscrições ao programa, que oferece bolsa de R$ 10 mil, com intuito de desistir em seguida e dificultar a execução do programa.

“O ministro [Alexandre] Padilha [da Saúde], na semana passada, apresentou ao Ministério da Justiça, uma informação importante, de que haveria uma inciativa de boicote ao programa. Determinei à Polícia Federal que fizesse a apuração do caso, como determina a lei. Já foi aberto um inquérito, e a PF está fazendo as análises necessárias”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo informou o Ministério da Saúde, em apenas uma semana, o programa recebeu 11.701 inscrições de profissionais, sendo cerca de 80% deles formados no Brasil.

O ministro da Justiça explicou  que é preciso, inicialmente, saber se existiu algum tipo de crime praticado pelos médicos inscritos.

“Primeiro, é necessário um levantamento de campo, para que possa enquadrar possíveis tipificações criminais que possam estar ocorrendo. A PF, num primeiro momento, estava fazendo uma avaliação. A partir daí não posso dizer mais nada”, explicou Cardozo.

O ministro ainda garantiu rigor em punições, caso seja identificado algum tipo de crime.

“O Ministério da Saúde toca o programa normalmente, a investigação da PF também acontece normalmente. São situação independentes. O que posso dizer na minha área é que se alguém comete ilícito penal numa tentativa de impedir um programa governamental, obviamente a PF cumprira rigorosamente o seu dever”, afirmou.

O inquérito deve ser concluído em 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.