Região de Campinas (SP) registra 24ª morte por H1N1 do ano
Subiu para quatro o número de mortes decorrentes da gripe A (H1N1) no município de Sumaré (a 121 km de São Paulo). O perfil da vítima e a data do ocorrido ainda não foram divulgados pela Secretaria de Saúde da cidade, que já registrou 14 casos da doença em 2013. Com essa confirmação, sobe para 24 o total de mortes registradas pelo vírus na Região Metropolitana de Campinas em 2013.
As mortes ocorreram nos seguintes municípios da região: Campinas (10), Americana (4), Sumaré (4), Paulínia (2), Santa Bárbara d'Oeste (2), Hortolândia e Valinhos.
Além das mortes, Campinas também registrou 43 casos de Síndrome Respiratória Grave causada pelo vírus influenza, sendo 38 por H1N1, um por H3N2 e quatro por gripe B. Em todo o ano passado, apenas uma morte foi registrada na cidade.
Por causa do aumento no número de mortes confirmadas, a Prefeitura da Campinas se antecipou à orientação do Ministério da Saúde e, desde o começo de maio deste ano, vem ampliando o acesso da população da cidade ao antiviral oseltamivir - nome comercial Tamiflu -, medicamento usado no tratamento da gripe.
O tratamento deve ser iniciado mesmo antes da confirmação da doença por exames laboratoriais. “Os pacientes que, além dos sintomas, tiverem falta de ar, devem ser internados e tratados com o oseltamivir”, explica André Ribas Freitas, médico epidemiologista do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Secretaria de Saúde de Campinas. Ele acrescenta que o medicamento também pode ser indicado para pessoas que não estão no grupo de risco e não apresentam a doença de forma grave.
De acordo com Freitas, os três tipos de vírus da gripe podem culminar com doença grave. Por isso, a vacina, que protege contra as complicações causadas pela gripe, continua disponível nos 63 centros de saúde do município para os grupos considerados prioritários.
Além da vacina, é importante que todas as pessoas tenham cuidados básicos para evitar a gripe, como lavar as mãos com água e sabão quando estiver em locais públicos, ao chegar em casa, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro e antes de comer. Também é preciso usar lenços descartáveis e evitar aglomerações e o contato das mãos com a boca e o nariz.
O epidemiologista alerta que o serviço de saúde deve ser procurado nos casos de febre, principalmente se acompanhada de tosse e/ou dor de garganta.
“Neste ano, a circulação do vírus da gripe começou mais cedo, entre seis a oito semanas antes do período verificado em anos anteriores. O normal é os casos começarem a aparecer no início de junho”, diz Freitas.
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