Maioria no WhastApp aponta fraude em documento apresentado por Marçal

O laudo médico falso de Guilherme Boulos (PSOL) divulgado por Pablo Marçal (PRTB) nas suas redes sociais é visto como fraude nos grupos de WhatsApp, segundo levantamento da Palver.

O que aconteceu

Documento foi apontado como "fraude". De acordo com a análise feita pela Palver, empresa de monitoramento de redes sociais, a maior parte das mensagens sobre o tema indica a falsificação do prontuário.

Grupos de direita repercutiram crítica de Silas Malafaia a Marçal. O líder da Assembleia de Deus chamou o candidato do PRTB de "psicopata" e afirmou ser "inadmissível" a divulgação do documento forjado.

O psicopata do Pablo Marçal forjando documento contra Boulos para dizer que ele é dependente de drogas [é] inadmissível! Não é porque Boulos é o nosso inimigo político que vamos aceitar uma farsa dessas.
Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus.

Repercussão pode influenciar o voto da direita em Marçal. Na avaliação de Luis Fakhouri, diretor da Palver, "uma parcela das pessoas tem dificuldade em apoiar alguém que elas sabem que está agindo de forma incorreta", afirmou.

De 90 mil grupos públicos analisados, cerca de 70% são contra Marçal. Outros 30% estão divulgando a imagem do candidato. A comunidades são de todos os tipos e não só política.

Laudo falsificado

Marçal divulgou nas redes sociais um prontuário falso, dizendo que o adversário teve um surto psicótico por uso de cocaína. O documento tem erros ortográficos, cita um RG errado de Boulos e é assinado por um médico que já morreu.

Boulos disse que o documento é falso e que pedirá a prisão do empresário. Na data do falso atendimento médico, em janeiro de 2021, o candidato do PSOL fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais da casa dele, falando sobre a vacinação contra covid-19.

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Marçal publicou o documento a dois dias do primeiro turno da eleição. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra um empate triplo na liderança para a Prefeitura de São Paulo: Boulos tem 26%; Ricardo Nunes (MDB) e Marçal, 24% cada. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão no mesmo patamar.

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