Mesmo baixos níveis de poluição afetam peso de bebês ao nascer
Um novo estudo descobriu que mesmo níveis relativamente baixos de poluição do ar estão associados a um aumento significativo do risco de nascimentos de crianças com baixo peso.
Os pesquisadores europeus reuniram dados de 14 estudos que incluíam mais de 74 mil mães de 12 países e seus filhos. Os cientistas também estimaram as concentrações de material particulado no ar dentro da residência da mãe durante a gestação.
Concentrações de material particulado de até 20 microgramas por metro cúbico estavam associadas ao aumento do risco de nascimentos de crianças no tempo certo e abaixo do peso normal, descobriram os pesquisadores. Após levar em conta diversos fatores, os cientistas estimaram que 5 microgramas por metro cúbico extras de material particulado estavam associadas a 18% de aumento do risco de nascimentos de crianças com peso baixo.
Eles estimaram que a redução de 10 microgramas por metro cúbico dos níveis de material particulado de um modo geral resultava na redução de 22% no número de crianças nascidas com peso baixo nesses países. O relatório foi publicado online no periódico The Lancet Respiratory Medicine.
"Temos evidências de estudos com animais de que partículas diminutas entram na corrente sanguínea e chegam ao feto", afirmou Rémy Slama, autor sênior do estudo e pesquisador sênior do Instituto de Pesquisas Médicas e da Saúde de Grenoble, na França. "Podemos esperar outros impactos sobre a saúde dessas crianças? Existem indícios de que sim – o peso baixo ao nascer é um marcador de impactos negativos na idade adulta."
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