Topo

Sumaré (SP) entra em emergência e realiza arrastão antidengue

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

25/04/2014 18h54

Com 583 casos, duas mortes e quase duas mil notificações, o município de Sumaré (a 121 km de São Paulo) entrou em situação de emergência para a dengue e realiza neste fim de semana uma força-tarefa para combater a doença, além de adotar novos procedimentos nas unidades de saúde.

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, como muitos casos ainda estão aguardando resultados, esse número deve sofrer um aumento ao longo das próximas semanas, uma vez que abril normalmente é o mês de maior transmissão da doença. A previsão do Ministério da Saúde é que o período de transmissibilidade da doença prossiga por mais 45 dias no país.

Para tentar conter a epidemia, a cidade realiza neste fim de semana o primeiro arrastão antidengue do ano. A ação vai ocorrer na região do Picerno, que concentra mais da metade dos casos da doença. Mais de 60 agentes de saúde percorrerão uma área de cerca de 10 mil imóveis para eliminar os recipientes que possam acumular água limpa e parada e servir de foco de proliferação do mosquito transmissor do vírus. A equipe também orienta os moradores visando a prevenção da doença.

“O objetivo é retirar qualquer tipo de material que possa acumular água de dentro das casas, quintais e terrenos baldios. Nossas equipes estarão uniformizadas e identificadas com crachás e estarão à disposição para orientar e esclarecer quaisquer dúvidas dos moradores”, explicou o gerente de Controle de Endemias de Sumaré, Ricardo Diório Telli.

Diagnóstico precoce

Para tentar evitar casos graves da doença, as 23 unidades de saúde do município definiram novos procedimentos que contribuirão para o diagnóstico precoce da dengue e o início imediato do tratamento da doença.

“Nas unidades de saúde de Sumaré acontece o primeiro atendimento de referência para a população, com profissionais capacitados para o atendimento dos casos suspeitos de dengue. Quando forem identificados pacientes nos grupos B, C e D, que são casos nos quais já começam a surgir sinais de gravidade, como sangramento, o médico da unidade fará o encaminhamento prioritário para a UPA”, explicou Luciene Aparecida Alves da Cunha, gerente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Macarenko, principal pronto socorro municipal.

Na unidade, foi montada a “Sala de Dengue”, um consultório reservado especialmente para atender aos cerca de 70 pacientes que chegam diariamente com os sintomas da doença. Um médico foi contratado emergencialmente para reforçar a equipe, que conta ainda com duas enfermeiras.

Já os pacientes do ‘Grupo A’ - sem sangramento e sem sinais de alarme - podem ser atendidos, realizar os exames e receber o acompanhamento médico na unidade mais próxima de suas casas.