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Aids: Nigéria tem 3,5 mi casos; Na Argentina, 0,4% dos adultos tem o vírus

Agência de Notícias da Aids

25/06/2014 07h00

Depois de uma vitória no sufoco sobre o Irã e já classificada para as oitavas de final, a Argentina venceu, também no sufoco, a Nigéria por 3 a 2, nessa quarta-feira (25), em Porto Alegre (RS), no estádio Beira Rio. Com a vitória, a seleção de Messi, que fez dois gols, fica na liderança do Grupo F.  A Nigéria, apesar da derrota, também avança e deve pegar a França na próxima fase. Veja como os países dos dois times tratam a aids em seu território.

Nigéria

O país africano é o terceiro no ranking mundial de casos relatados de HIV/aids, ficando atrás apenas da Índia e da África do Sul, com 3,5 milhões de pessoas infectadas de acordo com o último relatório do Programa das Nações Unidas Para o HIV/Aids (Unaids)

O país é bastante populoso, com o maior número de habitantes da África Subsaariana, fazendo com que a representação do número de infecções pelo vírus na população em geral seja de 3,7%.

Estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas façam tratamento com antirretrovirais no país. Apenas no ano de 2011 foram 338.864 novos diagnósticos positivos para o vírus. Desde 2001 a taxa de incidência na população em geral vem diminuindo gradativamente: em 2001 chegou a 5,8%; em 2008 caiu para 4,6%; já em 2010 chegou em 4,1%, até ficar nos 3,7% em 2011.

Recentemente, o país tem visto um aumento da incidência entre profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens (HSH). As áreas urbanas da Nigéria têm maior prevalência dos casos notificados de HIV comparada às áreas rurais.

Mais números:

- 80% das transmissões de HIV na Nigéria são por via sexual

- 10% dos casos vêm da transmissão vertical de mãe para filho na gravidez ou na amamentação

Argentina

Para uma população de aproximadamente 41 milhões de habitantes, a Argentina tem uma prevalência do HIV de 0,4% entre a população adulta (de 15 a 49 anos) e cerca de 98 mil pessoas vivendo com o vírus, segundo dados do mais recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), de 2012. O principal meio de transmissão é a relação sexual.

A porcentagem de pessoas em tratamento na Argentina é de 81%. Apesar da terapia antirretroviral estar acessível nas grandes cidades e ser garantida por lei no país, existe um problema de logística devido ao fato de a maioria das áreas mais pobres serem isoladas ou se situarem na zona rural. Além disso, o estigma dificulta o acesso, porque muitas pessoas hesitam em se tratar em suas comunidades – temendo o estigma após a revelação do diagnóstico, acabam optando por não procurarem os serviços de saúde.

Entre as mulheres, 32 mil vivem com o vírus. Um recente estudo realizado no país revelou que, nos últimos dois anos, a maior parte delas se infectou em relações com seus parceiros estáveis.

Um relatório do Ministério da Saúde afirma que a prevalência do HIV é de 34% entre travestis e transexuais, de 12% entre homossexuais e homens que fazem sexo com homens (HSH). A lipodistrofia (perda ou acúmulo de gordura que causam alterações físicas no corpo das pessoas em tratamento) é um dos grandes problemas que a Argentina enfrenta atualmente no combate à aids.

Mais números:

- Mortes por aids: 3.700

- Em 1990, estimava-se que havia 34.131 pessoas com HIV na Argentina

Sobre o país

A Argentina aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2010. É o segundo maior país da América do Sul em território e o terceiro em população, ocupando o 45º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A economia do país tem recursos naturais abundantes, um setor agrícola orientado para a exportação, a população altamente alfabetizada, e uma base industrial relativamente diversificada.