Bebê Sofia faz exames, mas órgãos não puderam ser usados em transplante
Portadora de uma síndrome rara que impede o funcionamento do sistema digestório, a bebê Sofia Gonçalves de Lacerda, que está prestes a completar um ano e precisa de um transplante multivisceral para viver, foi chamada nesta quarta-feira (3) ao Jackson Memorial, em Miami, nos Estados Unidos, para a realização de exames depois que um doador apareceu na lista de transplante dos Estados Unidos. A expectativa, no entanto, foi frustrada depois que testes nos órgãos indicaram que eles não poderiam ser aproveitados no procedimento.
Segundo Patrícia Lacerda, mãe da menina, a notícia chegou à família logo pela manhã. Após mais de cinco horas de exames, ela recebeu a informação de que o transplante não seria possível. “Todos estão com o coraçãozinho a mil, mas acabamos de receber a notícia que os órgãos não estão em perfeitas condições para Sofia”, disse ela, minutos após receber os resultados. A informação foi confirmada em rápido contato com o médico brasileiro Rodrigo Vianna, responsável pelo setor de transplantes do hospital norte-americano.
Patrícia informou, entretanto, que Sofia foi considerada apta para receber a doação, o que foi visto como uma boa notícia pela família. “Estávamos apreensivos devido à infecção e ao problema que teve no pulmão durante o último procedimento, mas ela está apta para receber os órgãos assim que surgir outra oportunidade”, disse a mãe.
O caso
O tratamento de Sofia Gonçalves de Lacerda nos Estados Unidos é bancado, graças a uma ação judicial, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O custo do transplante que ela necessita para viver é de R$ 2,4 milhões. O governo paga também os demais procedimentos e o sistema de monitoramento de saúde em casa, o chamado home care.
Acompanhada dos pais, a menina chegou a Miami em julho deste ano. Depois de uma bateria complexa de exames e de uma operação para resolver um problema cardíaco, ela segue na lista de espera por um doador compatível com seu peso e tamanho.
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