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Existe algo de bom para mulheres que vivenciam uma menopausa tardia?

Stuart Bradford/The New York Times
Imagem: Stuart Bradford/The New York Times

Roni Caryn Rabin

05/08/2015 14h09

Na verdade, existem algumas notícias muito boas se você passar pela menopausa tardia e não pela antecipada: viver mais.

É verdade que a menopausa tardia está associada ao risco acentuado de câncer de mama, dos ovários e do endométrio. Porém, "no cômputo geral, a maioria é de boas notícias. A idade mais avançada para a menopausa está associada à melhor saúde, vida mais longa e menos doenças cardiovasculares", afirmou Ellen B. Gold, professora emérita de epidemiologia do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, campus de Davis, e principal investigadora do estudo nacional sobre a saúde da mulher nos Estados Unidos.

Quem enfrenta a menopausa tardia tem menor risco de doença cardíaca e de derrame, e também costuma ter ossos mais fortes, menos osteoporose e um número menor de fraturas do que quem tem a menopausa precoce. A idade média da menopausa, quando a mulher tem sua última menstruação, é de 51 anos, segundo os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.

Embora os cânceres ligados à reprodução, em especial o de mama, sejam uma preocupação para quem vive a menopausa tardia, "eles são mais raros do que as doenças cardiovasculares e, com a possível exceção do câncer de ovário, o de mama e do endométrio costumam ser tratáveis quando detectados no começo", declarou Gold.

Um estudo de 2005 com 12.134 holandesas no pós-menopausa, que foram acompanhadas durante 17 anos, constatou que a mortalidade ajustada pela idade foi reduzida dois por cento a cada ano de aumento para o início da menopausa. Embora o risco de morrer de câncer uterino ou de ovário fosse cinco por cento maior, a aterosclerose era dois por cento menor para quem teve menopausa tardia, e o resultado final foi uma expectativa de vida aumentada, segundo o estudo, publicado em "Epidemiology".