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"Minha filha veio me salvar", diz mãe que descobriu câncer ainda grávida

Bia Souza e Marcela Sevilla

Do UOL em São Paulo

09/11/2015 06h00

“Acho que o diagnóstico do câncer não me pegou tanto quanto a médica me dizer: Você não vai poder amamentar.” Foi assim que Fernanda Defourny, 35, moradora da zona leste de São Paulo, recebeu a notícia de que precisaria começar a quimioterapia logo após o parto da filha Mariana.

Em janeiro deste ano, Fernanda, que tem quatro outros filhos, descobriu que estava com câncer de mama em estágio avançado e precisaria fazer uma mastectomia ainda durante a gravidez. Na 30º semana de gestação ela passou pela cirurgia e na 34º pelo primeiro ciclo de quimioterapia.

Quase duas semanas depois, Mariana nasceu e o medo de não poder amamentar foi substituído pela importância da recuperação. “Hoje eu sei que não amamentar foi o melhor para a saúde da minha filha e também porque eu pude me focar no tratamento. Eu ficava muito debilitada depois da quimioterapia”, explica Fernanda. 

Para que familiares e amigos pudessem acompanhar o tratamento ela criou uma página no Facebook, que acabou ganhando seguidores em busca de informação e até mesmo alguns emocionados com a história.

Apesar da gravidade da doença, Fernanda encara tudo com bom humor. Para ela, o pessimismo não ajuda em nada. “Quando vi a cicatriz da cirurgia disse para as enfermeiras que estava com pena do meu outro seio que estava caído e precisaria dar uma levantada”, conta.

Em outubro ela terminou as sessões de quimioterapia e deve começar em novembro o tratamento com radioterapia. Ela comenta com alegria o momento da descoberta da doença. “Minha filha veio para me salvar. Eu só senti a dor por causa da gravidez, meu seio aumentou e os sintomas apareceram”, diz Fernanda.