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Exame de sangue fez Ben Stiller descobrir que tinha câncer de próstata

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/10/2016 19h06

O ator Ben Stiller revelou nesta terça-feira (4) que foi diagnosticado com câncer de próstata. Durante a participação no programa de rádio americano "The Howard Stern", onde as pautas são sempre humorísticas, ele fez um apelo quanto aos exames preventivos.

"Se eu não tivesse feito o teste, que meu médico começou a me pedir aos 46 anos, eu realmente não sei...", disse o ator de 50 anos. "Eu queria falar sobre isso por causa do teste, porque eu sinto que isso salvou minha vida."

O ator se refere ao teste de sangue feito para conferir os níveis de PSA (uma proteína específica produzida pelas células da próstata), caso anormalidades surjam.

A proteína é encontrada em maiores quantidades no sêmen, mas também está presente no sangue do homem. A taxa considerada comum pelos médicos é de quatro nanogramas por mililitro. Quando há um aumento do nível os médicos desconfiam de câncer e podem sugerir a repetição do exame e a realização de uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.

Planos de saúde costumam cobrir o valor do teste de PSA, mas para quem precisar fazer de forma particular, o exame custa cerca de R$ 115.

Outro exame para detectar alterações na próstata é o exame de toque retal. O exame dura cerca de 15 segundos e facilita a descoberta de anomalias na glândula.

Vale lembrar que um exame não substitui o outro e, em alguns casos, mesmo com a taxa normal de PSA, o paciente é diagnosticado com câncer, por isso, o exame de toque é muito importante.

Os testes são de extrema importância, pois o câncer de próstata não produz sintomas nas fases iniciais.

A realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, uma vez que o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.

Se o exame der positivo, qual o próximo passo?

Ao planejar o tratamento dos casos de câncer da próstata que exigem alguma forma de ação terapêutica, os especialistas levam em conta a extensão da doença, a agressividade das células tumorais e as condições gerais do paciente.

As respostas médicas podem variar entre o uso de hormônios, radioterapia, cirurgias pequenas ou radicais e remoção dos testículos. 

O câncer de próstata é comum e tem grande chance de cura

Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

A doença é frequente, mas também é um dos cânceres com mais chance de cura, principalmente em casos detectados precocemente.

Uma pesquisa americana concluiu que, entre os casos de câncer da próstata descobertos em exames preventivos, 15% são tumores do tipo indolente, verdadeiros traques (estalos) de São João; 60% são doenças agressivas, mas curáveis se diagnosticadas a tempo; 25% já são avançados, mísseis nucleares desgovernados.