Filtro solar pode causar reação alérgica em bebês? Entenda o risco
Uma australiana publicou recentemente no Facebook uma foto de seu filho de três meses com marcas vermelhas na barriga e o post viralizou. Segundo Jessie Swan, a criança teve uma reação alérgica ao protetor solar fator 50 da Peppa Pig, fabricado pela ONG Cancer Council Australia, e precisou ficar internada por três dias para tratar a erupção, semelhante a uma queimadura. A mãe alega ainda que o bebê não foi exposto ao sol.
A entidade respondeu à postagem dizendo que vai investigar o caso, mas que o produto foi formulado dentro das regras de qualidade do país. A ONG afirmou também que, pelo fato de haver diferentes tipos de pele, reações individuais podem ocorrer e é necessário fazer um teste de sensibilidade antes de fazer uso do produto.
Mas, afinal, protetor solar infantil pode causar alergia?
Em fevereiro do ano passado, a Academia Americana de Pediatria publicou uma série de dicas sobre como proteger as crianças do sol, que incluía evitar o protetor solar em bebês com menos de 6 meses. De acordo com a entidade, uma pequena quantidade pode ser aplicada no rosto e na palma das mãos apenas se não for possível evitar o sol, mas que o ideal é usar roupas com mangas compridas e chapéus para proteger os bebês
Segundo a dermatologista Elisabeth Lima Barboza, a pele dos bebês até os seis meses é muito delicada e pode absorver os produtos químicos presentes nos protetores. Existe o risco de intoxicações, porque o sistema imunológico nesta fase ainda não está bem definido:
Protetores solares são indicados para crianças a partir de 6 meses. Antes disso, não devem usar o produto, nem ser expostas de maneira intensa ao sol
Depois dos 6 meses tudo bem?
Após os seis meses, as crianças podem usar protetor solar infantil que não apresentem compostos químicos como ácido paraminobenzóico (PABA) ou Benzofenona-3. Mas isso não quer dizer que a proteção solar se torne livre de alergias.
"As reações são menores a partir dos 6 meses, mas não significa que o hipoalergênico, por exemplo, nunca dá alergia. Provoca menos, mas pode acontecer. Isso vai do organismo de cada pessoa. Antes da utilização do protetor, é importante buscar a orientação de um pediatra ou dermatologista”, explica Barboza.
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