Formigas infestam maternidade e andam sobre o rosto de bebê em Minas; veja
Do UOL, em São Paulo
26/03/2018 13h51
Um dos mais importantes hospitais de Minas Gerais, a Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, é acusado de negligência. Um vídeo gravado por profissionais da própria unidade de saúde na quinta (22) e outro na sexta-feira (23) mostram o momento em que formigas caminham sobre um recém-nascido.
Referência em gestação de alto risco, a maternidade foi surpreendida com a divulgação de um vídeo filmado por um profissional de saúde e compartilhado pela Asthemg (Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais). O hospital, que admite o problema, anunciou o afastamento da coordenadora do Centro de Terapia Infantil (CTI) neonatal.
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De acordo com a instituição, “os bebês recém-nascidos em incubadoras estão sendo atacados por formigas existentes no setor”. A equipe de enfermagem “está desesperada” com o surgimento de “dezenas de formigas” que caminham sobre o rosto de bebês, equipamentos, tubos e soro.
“Isso já vem acontecendo há alguns dias”, informa a entidade sindical por meio de nota. “Mesmo com as reclamações e denúncias dos funcionários para a direção do hospital, exigindo uma providência para solucionar o problema, nada tem sido feito.”
O sindicato garante que “as filmagens foram feitas rapidamente enquanto um profissional realizava o procedimento para retirá-las”. “Com as imagens, é possível comprovar as denúncias que já haviam sido relatadas, mas ignoradas pela direção da maternidade.”
Em nota, a Odete Valadares admitiu a existência de formigas no Centro de Terapia Infantil neonatal, mas disse que já providenciou a dedetização e que a rotina de limpeza da unidade foi alterada “do teto ao piso”.
A dedetização obrigou a mudança de leito dos bebês. “Foi realizada uma desinfecção terminal no local, após o remanejamento para outros leitos de todos os bebês e da troca das incubadoras.”
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) ordenou o afastamento da coordenadora do CTI e instaurou uma sindicância administrativa para apurar os fatos relativos às imagens "e possíveis omissões, tanto em relação à incidência de formigas quanto à segurança e integridade física do bebê", informou o hospital.