Mortes de crianças por gripe triplicam no Brasil, diz Ministério da Saúde
Ao menos 44 crianças de até cinco anos morreram por complicações relacionadas à gripe neste ano, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Saúde. O número mais do que triplicou, na comparação com os registros do mesmo período no ano passado, quando houve 14 óbitos nessa faixa etária.
Até 16 de junho, foram registrados 3.122 casos de influenza em todo o país, com 535 óbitos. Do total, 1.885 casos e 351 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 635 casos e 97 óbitos. Além disso, foram 278 registros de influenza B, com 31 óbitos e os outros 324 de influenza A não subtipado, com 56 óbitos.
Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a mediana da idade foi de 54 anos de idade. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,26% para cada 100.000 habitantes. Das 535 pessoas que foram a óbito, 393 (73,5%) apresentaram, pelo menos, um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas.
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Iniciada no dia 23 de abril e prorrogada por duas vezes, a campanha de vacinação está prevista para se encerrar amanhã (22). Ainda assim só atingiu 84% da população-alvo, índice abaixo da meta do governo que era de 95%.
Até o momento, restam 8,6 milhões de pessoas a serem vacinadas, sendo 3,6 milhões de crianças menores de cinco anos. Este grupo prioritário é o que registra menor cobertura vacinal, com 67,7%
Entre as gestantes a cobertura é de 71%. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe é o de professores, com 98%, seguido pelas puérperas (96,2%), idosos (91%) e indígenas (90,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 88,6%.
A partir da próxima semana, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios que ainda tiverem doses disponíveis a ampliação da vacinação para crianças de cinco a nove anos de idade e aos adultos de 50 a 59 anos. Recomendação que será seguida, por exemplo, em todo estado de São Paulo.
A região sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 77,2%. Em seguida estão as regiões norte (78,4%), sul (84,8%), nordeste (89,3%) e centro-oeste com a melhor cobertura, de 96,5%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão, Paraíba, e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 60,4% e Rio de Janeiro, com 62,4%.
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