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Processo de envelhecimento pode ser interrompido aos 105 anos, diz estudo

 Risco de morrer se estabilizou em pessoas com 105 anos ou mais, segundo estudo - Getty Images
Risco de morrer se estabilizou em pessoas com 105 anos ou mais, segundo estudo Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

29/06/2018 19h47

O processo de envelhecimento dos seres humanos pode ser interrompido aos 105 anos, aponta um estudo feito pela Universidade Sapienza, de Roma, divulgado nesta quinta-feira (28) na revista Science. A possibilidade foi observada pelos pesquisadores ao perceberem que o risco de morte se tornou constante já aos 106 anos e nos outros aniversários dos pesquisados.

Durante a pesquisa, comandada pela demógrafa Elisabetta Barbi, o risco de morrer se estabilizou em pessoas com 105 anos ou mais, ou seja: alguém de 106 anos tem a mesma probabilidade de viver até os 107 do que uma pessoa com 111 anos viver até os 112. "[Isso] é uma forte evidência de que, se houver um limite máximo para a expectativa de vida humana, ainda não estamos perto disso", disse o coautor do estudo Kenneth Wachter, que é demógrafo e estatístico da Universidade da Califórnia.

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O estudo usou um banco de dados compilado pelo Instituto Nacional Italiano de Estatística, que inclui todas as pessoas da Itália que tinham pelo menos 105 anos de idade entre os anos de 2009 e 2015: um total de 3.836. Como os municípios mantêm registros cuidadosos de seus moradores, os pesquisadores do instituto puderam verificar a idade dos indivíduos. "Estes são os dados mais limpos até agora", disse Wachter.

A ciência mostra hoje que, à medida que envelhecemos, nosso risco de morrer sobe. Aos 50 anos, por exemplo, o risco de morrer no ano seguinte é três vezes maior do que quando você tem 30 anos. Aos 60 e 70 anos, as chances dobram a cada oito anos. E se você tiver a sorte de atingir os 100 anos, a probabilidade de chegar ao próximo aniversário é de 60%. Aos 105 e adiante, esse processo ficaria estagnado, segundo a pesquisa.