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Mulher descobre que nódulo que se movia havia 10 dias era verme

As imagens da movimentação do parasita foram registradas em selfies pela russa - Reprodução
As imagens da movimentação do parasita foram registradas em selfies pela russa Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

25/06/2018 19h12

Uma mulher russa de 32 anos descobriu após dez dias que o que ela pensava ser um nódulo nada mais era do que um verme. As imagens da movimentação do parasita foram registradas em selfies.

O caso foi publicado pela revista médica The New English Journal of Medicine. No início, a mulher notou um certo tipo de nódulo na região das pálpebras, mas ela não deu muita atenção (imagem B). Após 5 dias, o caroço foi parar debaixo do seu olho esquerdo (imagem A). Já no décimo dia, a russa notou que estava agora no seu lábio superior (imagem C).

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Somente após duas semanas ela procurou um oftalmologista alegando que os nódulos causavam apenas sensação de coceira e queimação no local. Ela contou que havia viajado recentemente para zona rural nos arredores de Moscou, na Rússia, e lá foi picada por mosquitos. O exame físico revelou uma infecção parasitária precisava ser removida.

Segundo o Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a Dirofilaria  repens é um nematódeo que normalmente infecta cachorros ou gatos, seus – hospedeiros definitivos – por meio de picadas de mosquitos – seus vetores. Em casos de picadas do mosquito infectado, ela pode ser transmitida para nós humanos.

Esse tipo verme encontra residência embaixo da pele humana, que permite sua locomoção para outras partes do corpo como olhos e lábios. De acordo com o professor Vladimir Kartashev, do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade Estatal de Rostov, foram registrados entre 1977 e 2016 cerca de 4.000 casos de humanos infectados por Dirofilariose, especialmente na Rússia e Ucrânia.

Apesar de o parasita não ter condições ideais para viver em hospedeiros humanos, como a mulher russa, ele pode levar um tempo para morrer. Então, o procedimento padrão é removê-lo com uma cirurgia, como dá para ver na imagem D.