Infecção por lambida de cachorro faz homem ter mãos e pernas amputadas
Colaboração para o UOL
04/08/2018 11h51
Um caso raro levou um homem a ter suas duas pernas e mãos amputadas no estado do Wisconsin, nos Estados Unidos. Greg Manteufel, de 48 anos, contraiu uma infecção generalizada causada por uma bactéria presente na saliva de cães e gatos, conhecida como Capnocytophaga canimorsus.
Segundo o jornal “The Washington Post”, tudo começou quando Manteufel começou a sentir-se enjoado e entrou em estado febril. Após os primeiros sintomas, manchas de sangue parecidas com hematomas começaram a surgir em várias partes do corpo, principalmente no peito e no rosto, e o homem foi ao hospital para descobrir o que ocorria.
Após uma série de exames, os médicos informaram a Dawn Manteufel, mulher de Greg, que ele havia contraído uma rara infecção sanguínea após entrar em contato com a bactéria presente na saliva de cachorros, também conhecida como sepse.
Dawn explicou ao jornal que os médicos deram antibióticos para tentar interromper a infecção, mas os coágulos bloquearam o fluxo de sangue para suas extremidades, matando os tecidos e músculos. Com a evolução do quadro, Greg passou a correr risco de morrer. Para salvá-lo, os médicos tomaram uma decisão drástica: cortar as duas pernas e as duas mãos do paciente.
Ainda segundo a publicação, a bactéria Capnocytophaga canimorsus é comumente encontrada na saliva e cães e gatos e, geralmente, não é nociva aos humanos. Mas em casos raros, a bactéria pode infectar o sangue e causar óbitos.
Dawn Manteufel não sabe precisar qual foi o cão que passou a bactéria para o seu marido. Ela disse que ele teve contato com oito cachorros, um deles de propriedade do casal, e qualquer um dos animais pode ter passado a bactéria a Greg por lambida. “Ele ama cachorros. Não se importa em tocar neles”.
Greg está há cerca de um mês no hospital e já passou por cirurgias para remover e limpar o tecido morto que restou da amputação que foi obrigado a fazer. Mesmo assim, ciente de que passará a vida inteira sentado em uma cadeira de rodas motorizada, segundo a esposa, ele não perdeu o bom humor e está em paz.
"Ele disse aos médicos: 'Faça o que você tem que fazer para me manter vivo’. Não há negatividade nele até agora. Ele disse: 'É o que é, então temos que seguir em frente'".
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