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Coronavírus: Americana evacuada de navio não sabia de infectados em avião

Do UOL, em São Paulo

18/02/2020 09h43

Uma norte-americana que deixou o navio Diamond Princess, ancorado na Baía de Yokohama, no Japão, diz que desconhecia a informação de que havia passageiros infectados com o coronavírus no avião que os levou de volta aos Estados Unidos.

"Eu não ouvi uma única palavra sobre isso até literalmente ver no noticiário quando chegamos", disse Arana. "Foi amplamente divulgado em outros lugares e nós não fomos informados sobre isso", disse ela em entrevista à CNN.

Sarah Aarana foi uma das 300 cidadãs norte-americanas evacuadas do navio. Antes de embarcar, 14 deles foram diagnosticados com o vírus, segundo informou o Departamento de Estado e Saúde dos EUA. Os aviões pousaram ontem nas bases aéreas da Califórnia e do Texas.

Apesar da notícia, Sarah contou que se sentiu segura no avião e estava com mais medo quando ainda estava no navio.

"No avião estávamos com especialistas, médicos preparados. Não tinha dúvida de que eles fizeram tudo com cautela", disse ela.

"Não fiquei com medo de estar exposta (ao vírus) no avião. São compatriotas, eles merecem voltar para casa", completou.

Todos os norte-americanos que chegaram nos voos precisarão ficar em quarentena por 14 dias. Os infectados serão mantidos em locais separados para iniciar o tratamento. Dez estão no Centro Médico da Universidade de Nebraska e outros sete em uma unidade médica perto da base militar dos EUA na Califórnia.

Navio tem mais 88 novos casos de coronavírus

Outros 88 casos positivos do novo coronavírus foram registrados no cruzeiro Diamond Princess, que permanece em quarentena na costa do Japão, anunciou hoje o ministério nipônico da Saúde.

O navio registra o maior número de casos em apenas um lugar fora do epicentro da epidemia de covid-19 na China continental: 542 casos ao todo.

Os novos infectados serão levados para hospitais especializados no Japão, informou o ministério em um comunicado, que não informa a nacionalidade dos pacientes.

A epidemia de covid-19, que surgiu em dezembro em Wuhan - capital da província de Hubei -, já matou quase 1.900 pessoas e deixou 72.000 infectados na China continental, a grande maioria nesta região.