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Covas diz que início de reabertura não é resultado de pressão econômica

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP) Imagem: Paulo Gueret/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/05/2020 09h45

Em meio a questionamentos em relação ao programa de reabertura que será colocado em prática a partir de segunda-feira, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que a flexibilização não teve influência de pressões econômicas.

Em entrevista à TV Globo, Covas disse que todas as decisões foram tomadas a partir de dados analisados por especialistas de saúde em relação à pandemia do novo coronavírus e que a divisão dos setores contemplados em cada fase respeitou critérios.

"Se a gente reabrisse de qualquer forma, seríamos criticados de que seria de qualquer forma. Paciência. Analisaremos as propostas dos setores para abrir com tranquilidade e não retroceder Não estamos aqui em nenhum momento orientado ou guiados por pressão econômica do grupo A ou grupo B", afirmou.

"Foi a área da saúde que mostrou que atingimos uma estabilização da doença, que é o momento de começar a falar de flexibilização desde que os protocolos sejam feitos de acordo com recomendações da vigilância sanitária. Vamos abrir com tranquilidade para que não tenhamos que retroceder", completou.

O plano de reabertura foi formulado pelo governo estadual, comandado por João Doria (PSDB), e incluiu São Paulo na fase 2, que prevê liberações eventuais a partir da próxima segunda-feira.

Assim, atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shoppings poderão apresentar planos para a reabertura. Covas, no entanto, disse que não há prazo para a liberação formal, já que os protocolos de cada setor terão que ser analisados.

"Expectativa é que aconteça ainda na primeira quinzena junho, mas vai depender dos protocolos. Não adianta dar um prazo, não vamos ficar reféns de datas", explicou o prefeito.

Critérios

Segundo Covas, os setores econômicos de cada foram foram definidos pelo governo estadual respeitando diferentes critérios relacionados à empregabilidade e vulnerabilidade.

"Estudo feito pelo governo estadual, mas foi levado em conta setores que mais empregam, com maior vulnerabilidade, que tem tido maior prejuízo e resolveram classificar de acordo com a fase", comentou o tucano.

Covas ainda disse o motivo pelo qual alguns espaços como parques continuarão fechados. "O que mais gera emprego: o parque aberto ou o shopping aberto? O estado levou em consideração o quanto cada setor emprega para poder ranquear entre as fases. Sempre vai ter algum setor que vai ficar para depois, que vai se sentir prejudicado. Agora se você não colocar parâmetros de como cada setor emprega, o grau de vulnerabilidade, você não consegue justificar suas escolhas, não tem como todos setores", disse.

Em relação aos índices da saúde que fizeram São Paulo se enquadrar na fase 2, Covas destacou o aumento da oferta de leitos com a parceria fechada com a iniciativa privada (índice de lotação de UTIs ficou inferior a 80%) e a taxa de contaminação próxima de 1 (uma nova infecção para cada contaminado).

"A gente aumentou a oferta de leitos e seguimos com a premissa de não deixar ninguém sem tratamento. O índice de recuperação está alto, o que mostra sucesso. Com esses números, e estabilização ao longo das últimas 4 semanas, com taxa de transmissão de 1%, conseguimos índices que permitem a flexibilização", disse.

Porém, ele prometeu acompanhamento contínuo da situação e uma reabertura segura. "Nada vai ser feito às pressas e de qualquer forma. Se piorar os índices, vamos ver crescer o número de pessoas contaminadas e vai pressionar a quantidade de leitos."

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